A CPI mista do INSS, que já conta com assinaturas de 236 deputados e 42 senadores, pode virar um tiro pela culatra para a bancada bolsonarista do Congresso Nacional, principal entusiasta da instalação da comissão.
Isso porque, pela conta dos próprios bolsonaristas, o governo Lula deverá ter maioria na CPMI, considerando a atual configuração do Senado, de forma parecida com o que aconteceu na CPMI do 8 de Janeiro na Casa.
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Bolsonaristas querem CPMI para investigar a farra do INSS
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Líder do PL quer avançar com proposta
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Deputada Coronel Fernanda, alvo de inquérito no STF
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Dessa forma, a avaliação é de que o Planalto pode ter a “faca e o queijo na mão” para controlar o rumo da CPI e, dessa forma, atuar para jogar as fraudes que atingiram aposentados do INSS no colo do governo Bolsonaro.
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A situação seria diferente caso a CPI ocorresse só na Câmara, onde os aliados de Bolsonaro calculam que teriam maioria. Dessa forma, seria mais fácil atingir o objetivo de pressionar o governo Lula com as fraudes no INSS.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), no entanto, sinalizou que não pretende manobrar para passar o pedido de CPI do INSS na frente dos outros 12 requerimentos de CPI que aguardam na fila.
Já a CPMI está nas mãos do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP). O senador já marcou uma sessão conjunta da Câmara e do Senado para 17 de junho, quando deve ler o pedido da CPI mista do INSS.