Ainda não há laudo oficial sobre mortes de trabalhadores no Via Parque, afirma diretor do IML

Perícia apura se intoxicação ou trauma contribuíram para o afogamento; tia de uma das vítimas afirma que estavam sem EPI

A Polícia Civil do Acre, por meio do Instituto Médico Legal (IML), segue investigando a causa da morte dos trabalhadores Ruan Roger da Silva Barbosa, de 32 anos, e Diony Magalhães Oliveira, de 22, dentro de uma caixa d’agua do condomínio Via Parque, em Rio Branco, na tarde de quinta-feira (12).  O IML informou que o laudo oficial ainda não foi concluído.

Ruan Roger da Silva Barbosa, de 32 anos, e Diony Magalhães Oliveira, de 22 / Reprodução

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Segundo o diretor do órgão, Ítalo Maia, que concedeu entrevista exclusiva ao ContilNet, o que existe até o momento é a Declaração de Óbito (DO), que serve como documento administrativo e epidemiológico para liberação dos corpos, mas que não se confunde com o laudo pericial completo. “Muito provavelmente, o que divulgaram como laudo seja a declaração de óbito, onde a perita já indicou afogamento como causa da morte nos dois casos. Mas o laudo, que trará informações detalhadas, ainda não está pronto”, explicou.

Trabalhadores prestavam serviço de manutenção em estrutura elevada/ Foto: ContilNet

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De acordo com o diretor, o laudo deve ser finalizado entre 10 e 30 dias, prazo que pode variar conforme a necessidade de exames complementares. “Exames toxicológicos, alcoolemia e outros podem ser solicitados, dependendo da análise da perita responsável. Se entender que algum exame é essencial para a conclusão do laudo, ela aguardará os resultados antes de fechar o documento”, afirmou.

Caso aconteceu no Condomínio Via Parque/Foto: Reprodução

Ítalo ressaltou que o IML trabalha em conjunto com as equipes de perícia do local e com a investigação da Polícia Civil. Só após o cruzamento dessas informações será possível esclarecer as circunstâncias das mortes. “Até agora, o que temos são sinais de afogamento em ambos os corpos. Se houve algo mais, como intoxicação ou trauma que contribuiu para o afogamento, isso será identificado com os exames complementares e as análises do caso como um todo”, destacou.

POSICIONAMENTO DA EMPRESA

Vale destacar que a Pimentel Engenharia, empresa responsável pelos serviços prestados ao Via Parque, informou que os trabalhadores receberam os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e que, dois dias antes, no mesmo tipo de serviço, faziam uso do material. Já Denise de Freitas, tia de Diony, contou em entrevista ao g1 que recebeu a informação de que, no momento do acidente, os dois não estavam utilizando os EPIs.

NOTA DE PESAR – PIMENTAL ENGENHARIA

“A Pimentel Engenharia expressa seu mais profundo pesar pelo trágico incidente ocorrido durante a execução de ativiA dades relacionadas aos seus projetos, que resultou no falecimento de dois trabalhadores.

Neste momento de imensa dor e consternação, solidarizamo-nos com os familiares e amigos das vítimas.

A Pimentel Engenharia está prestando o suporte cabível e colaborando irrestritamente com as autoridades competentes na investigação e apuração detalhada dos fatos”

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