Embora reforce seu compromisso atual com a Prefeitura de Rio Branco, o prefeito Tião Bocalom (PL) deixou aberta a possibilidade de disputar o Governo do Acre em 2026, caso haja um “chamamento do time da direita”. A declaração foi feita nesta sexta-feira (27), durante entrevista ao programa Gazeta Entrevista.
“Mas se lá na frente houver um chamamento do time da direita, a gente topa a disputar. Mas, a princípio, não. A princípio, nós temos o nome colocado, que é o dela, que é a nossa vice-governadora, e com o maior carinho e o maior respeito que eu tenho por ela e toda a sua equipe”, afirmou.

Bocalom admite possível candidatura ao Governo, mas diz que Mailza é o ‘nome colocado’/Foto: Reprodução
Mesmo reconhecendo que o momento atual é de gestão municipal, Bocalom não descartou totalmente a candidatura. “Eu já disse: eu não tô com o nome colocado, não estou. Eu sou prefeito de Rio Branco, quero continuar prefeito de Rio Branco”, reforçou.
Na conversa, Bocalom avaliou o atual cenário político estadual e disse considerar “natural” a pré-candidatura da vice-governadora Mailza Assis (PP), especialmente com o governador Gladson Cameli (PP) de saída para disputar o Senado. “Ela é, hoje, uma candidata natural, porque ela tá como vice-governadora. O governador Gladson não é mais candidato a governador, vai ser ao Senado, juntamente com o senador Marcio Bittar. Então é claro que ela se coloca como candidata a governo, é a coisa mais natural do mundo, né, e eu não vejo nenhum problema nisso daí”, declarou.
Durante a entrevista, Bocalom também fez questão de lembrar da longa relação de amizade com Mailza, iniciada ainda em 2007, quando ele ajudou o marido dela a se filiar ao PSDB. “Nossa vice-governadora Mailza é minha amiga pessoal, desde 2007, quando eu chamei o esposo dela para se filiar no PSDB, na época. Demos todas as condições pra ele virar prefeito lá no Quinari, em Senador Guiomard e tal. Então a nossa relação de respeito, de carinho, né, é desde lá de trás, então é coisa antiga”, relembrou.
Apesar da amizade, o prefeito foi direto ao destacar que o cenário pode mudar. “Agora, é eleição, é eleição, né. Que nem eu disse pra ela: governadora, a vez é tua, mas se viabilizar realmente, ok. Se ver que não vai andar, tudo bem. Em eleição só não vale a pena perder a eleição”, pontuou.
Ao abordar a relação entre Prefeitura e Governo, Bocalom contou que a última conversa com Mailza girou em torno de obras que precisam ser executadas na capital com apoio estadual. “A nossa conversa ontem foi mais na questão das obras que a gente tem que fazer, e muita coisa tem que fazer aqui em Rio Branco ainda, em parceria com o governo”, disse.