Os movimentos nos bastidores da política acreana para 2026 estão se intensificando, e uma fala recente do deputado federal Roberto Duarte (Republicanos–AC), que preside o partido no estado, lança luz sobre um cenário que vem sendo desenhado com cuidado nos últimos meses: uma aliança cada vez mais concreta entre o MDB e o Republicanos.
A novidade agora é que, além do alinhamento local, os dois partidos avançam em Brasília com uma possível federação.
“O Republicanos e o MDB vem conversando há um bom tempo para alinharmos uma aliança em 2026, agora reforçou ainda mais com uma possível federação entre os dois partidos que está andando a passos largos em Brasília. E os dois partidos já se manifestaram favoráreis aqui no Acre”, disse Duarte em conversa com a coluna.
Nos bastidores, a avaliação é que a federação pode ser uma saída estratégica para enfrentar a força da União Progressistas, que vem dominando o cenário político local com o governador Gladson Cameli. A federação daria maior tempo de TV, estrutura e coesão partidária, especialmente em estados como o Acre, onde a disputa é marcada por alianças voláteis e composições de última hora.
Colocou de vez!
A fala do deputado federal Roberto Duarte sobre a articulação entre Republicanos e MDB para 2026 foi muito mais do que uma constatação partidária. Foi um recado claro: o MDB caminha mesmo para o palanque do senador Alan Rick, que tentará o Governo.
E nesse xadrez, quem pode sair fortalecida é a ex-deputada federal Jéssica Sales, que tem o sobrenome mais tradicional do MDB no Juruá e presença consolidada em toda a região. Jéssica, que vinha mantendo discrição desde a última eleição, volta ao radar como nome forte para compor a chapa de Alan Rick.
O mais provável? Ela ser lançada como candidata a vice-governadora, reforçando a composição regional e partidária. Mas, nos bastidores, há quem defenda que ela dispute o Senado — abrindo espaço para uma articulação que contemple outros aliados no posto de vice.
Precisa repensar
A ex-deputada federal Mara Rocha aparece com desempenho expressivo nas últimas sondagens sobre a disputa pelo Senado em 2026 no Acre. Seu nome figura entre os mais lembrados do campo conservador, especialmente entre o eleitorado bolsonarista — base que ela vem cultivando desde seu primeiro mandato.
Mas, apesar da força popular, Mara enfrenta um obstáculo político real: o partido. Se realmente se filiar ao NOVO, sigla nanica no Acre e com estrutura limitada, ela corre o risco de entrar em uma disputa majoritária fragilizada, sem tempo de TV, palanque sólido ou alianças capazes de impulsionar uma candidatura ao Senado.
Nos bastidores, aliados avaliam que o NOVO pode até abrigar o discurso ideológico da ex-parlamentar, mas não oferece lastro suficiente para enfrentar candidaturas com base partidária mais robusta
Claro como água
A movimentação nos bastidores do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC) tem chamado a atenção de políticos e observadores mais atentos. Aos poucos — e discretamente — a corte se tornou um espaço onde a influência do presidente da Apex e ex-governador Jorge Viana parece cada vez mais presente.
A formação atual do TCE, composta majoritariamente por nomes ligados historicamente ao petismo acreano ou diretamente ao grupo de Viana, tem alimentado a leitura de que o ex-governador ainda detém musculatura real dentro das instituições do estado. Isso claramente será refletido nas eleições de 2026.