Após um membro do Movimento Legendários morrer, no último sábado (28/6), depois de sofrer uma crise convulsiva durante atividades realizadas em um evento do grupo em Rondonópolis (MT), o projeto cristão voltado para homens voltou a ser centro de debates.
Criado na Guatemala em 2015, pelo pastor Chepe Putzu, o Movimento Legendários chegou ao Brasil recentemente. No início deste ano, diversos famosos passaram a integrar a comunidade — o que impulsionou a popularidade do grupo.
No site oficial, a organização se descreve como “um projeto que busca ajudar homens a se reconectarem com seus propósitos, promovendo transformações pessoais que impactam também suas famílias e comunidades.”
No texto exposto na página, o grupo declara que o objetivo do movimento é “formar um herói em cada família.”
O retiro para formar os “heróis” geralmente acontece em montanhas, no formato de um acampamento e inclui desafios físicos, espirituais e emocionais.
Eliezer e Gustavo Tubarão, o investidor Thiago Nigro, o pregador Deive Leonardo e o empresário Kaká Diniz, marido de Simone Mendes, estão entre os famosos que adotaram o estilo de vida.
Segundo o site oficial, atualmente o movimento conta com 52 mil membros ao redor do mundo, com eventos tendo sido realizados em 13 países e 70 cidades.
A inscrição para participar dos eventos custam em torno de R$ 1,5 mil.
Polêmica
No início deste ano, o grupo protagonizou polêmicas nas redes sociais. Isso porque o público se dividiu entre aqueles que julgavam a prática de forma negativa e aqueles que apoiavam a ideia.
Os valores cobrados nas inscrições também chamaram a atenção de internautas, que criticaram a falta de acessibilidade e suposto lucro da organização.
Membro morre em trilha
No último sábado, Rodrigo Nunes de Oliveira, 40 anos, morreu durante um encontro do grupo cristão.
O homem teria sofrido uma crise convulsiva durante uma das atividades do evento. No Hospital Regional de Rondonópolis, município localizado a 2190 km de Cuiabá (MT), ele chegou a ser intubado, mas foi a óbito na unidade.
Segundo veículos locais do município, o evento reuniu cerca de 150 homens que participam do grupo.
Diversas homenagens foram prestadas nas redes sociais. Rodrigo era casado e pai de duas crianças.
Amigos e familiares postaram fotos lamentando o ocorrido e escreveram sobre a importância de aproveitar os momentos juntos.
Em seu perfil nas redes, ele se apresentava como casado, pai de dois filhos e cristão metodista.
A esposa de Rodrigo, Ana Paula Oliveira, postou uma foto do uniforme do homem e escreveu: “Meu eterno legendário, agora descansa com o legendário #1”, declarou.
Este, porém, não é o primeiro caso. Em fevereiro deste ano, Fábio Adriano Machado Cherini, 44 anos, morreu durante uma trilha que fazia com o grupo Legendários no Mato Grosso do Sul (MS). À época, a morte foi registrada como “causa a esclarecer”.