Durante o ato em de defesa da BR-364, em Cruzeiro do Sul, realizado nesta sexta-feira (6), o empresário Edivaldo Nascimento, representante do grupo Honda, compartilhou suas preocupações sobre os efeitos adversos das péssimas condições da BR-364 em seu negócio e na economia local.

O empresário destacou a importância da BR-364/Foto: Reprodução
Com 20 anos de experiência empreendendo na região, Nascimento destacou a importância da rodovia para o transporte de produtos e a qualidade do serviço prestado.
“A estrada está mal conservada, com buracos. Além dos prejuízos decorrentes do tempo que os produtos levam para chegar até aqui, boa parte chega com avarias, como é o caso das nossas motocicletas”, disse. Ele explicou que a forma como as motocicletas são fixadas nos veículos de transporte se deteriora devido aos impactos causados pelos buracos, resultando em frequentes danos aos produtos. “Dificilmente chega uma carreta aqui sem meia dúzia de motocicletas avariadas, o que gera um prejuízo enorme”, acrescentou.
Nascimento enfatizou que esse problema não afeta apenas sua empresa, mas também outros empresários da região que enfrentam desafios semelhantes. “O tempo e o custo são afetados, mas o maior problema é a avaria dos produtos e os danos aos veículos de transporte. O prejuízo é muito grande. Acredito que entre 5% a 10% dos produtos chegam avariados, o que representa um valor significativo para nossa empresa”, afirmou.
Quando questionado sobre a possibilidade de um negócio mais eficiente se a BR-364 estivesse em boas condições, Nascimento foi claro: “O lucro está sendo muito menor no momento. Eliminando os prejuízos, isso se reflete em melhores condições de venda para os clientes e um custo menor para a comunidade local”. Para ele, a qualidade da estrada não apenas impacta a logística, mas também a economia da região. “Uma estrada em perfeitas condições é essencial para a economia de Cruzeiro do Sul e de todo o Vale do Juruá”, destacou.
O empresário também mencionou o impacto no custo dos seguros de transporte. “O valor do seguro para cargas transportadas por aqui é 3, 4, 5 vezes maior do que em regiões com estradas melhores. Isso, naturalmente, é repassado para o custo do produto”, explicou Nascimento, deixando claro que a situação atual prejudica não apenas os empresários, mas toda a sociedade.