Bocalom e Alan Rick trocam farpas nas redes sociais sobre consórcio de resíduos sólidos

Diante das críticas feitas por Alan Rick, Bocalom publicou uma nota pública sobre o assunto

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, e o senador Alan Rick trocaram farpas nesta semana sobre a condução do consórcio de resíduos sólidos que envolve os 22 municípios acreanos.

Alan Rick e Bocalom trocam farpas nas redes sociais/Foto: Reprodução

Alan acusa Bocalom de não assinar o consórcio intermunicipal:

“Enquanto o contrato continua parado, 21 municípios do Acre operam lixões a céu aberto. As populações urbana e rural pagam o preço pelo descaso. A Lei dos Resíduos Sólidos e o Marco Legal do Saneamento já deram os prazos. A prorrogação virou desculpa. A população merece acesso à água, esgoto tratado, drenagem urbana e gestão de resíduos com dignidade. Estamos propondo soluções reais. O consórcio existe. Os prefeitos estão dispostos. O governo federal está presente. Falta apenas que o prefeito da capital pare de se esquivar da responsabilidade. Saneamento não é favor, é obrigação”, ressaltou.

Diante das críticas feitas por Alan Rick, Bocalom publicou uma nota pública sobre o assunto.

“Com a experiência de quatro mandatos completos como prefeito, nunca tive uma conta reprovada nem respondi por malversação do dinheiro público. Não entro em barco furado. Há pouco mais de um ano, Vossa Excelência apresentou um estudo sobre a gestão de lixo para os 22 municípios, com previsão de custo de R$ 7 milhões — antes mesmo da consolidação do consórcio. Agora, depois de consolidado, o custo anunciado saltou para R$ 14 milhões. Tem alguma coisa errada aí, ou não tem?”, destacou.

Segundo Bocalom, ao contrário do que foi dito em audiência no Senado, o projeto não está parado — foi ampliado.

“Batemos o martelo. Quem vai liderar esse processo agora é o Governo do Estado, e com um projeto mais completo, mais seguro e mais eficiente. Estamos falando de água, esgoto e lixo — e não apenas de aterro sanitário”, explicou o prefeito.

Alan Rick afirmou que a Prefeitura de Rio Branco seria o principal entrave à assinatura do projeto de modelagem entregue pelo governo federal no fim de 2023. Bocalom rebate, afirmando que não assinou o modelo anterior por responsabilidade, já que o formato apresentado trazia riscos operacionais, jurídicos e financeiros aos municípios.

“Assinar um contrato sem clareza sobre a execução e os impactos futuros seria irresponsável. O que fizemos foi buscar uma solução melhor — e conseguimos. Agora o Estado entra com estrutura e garante mais segurança técnica e legal para todos”, acrescentou.

Segundo Bocalom, a reformulação foi consenso entre os prefeitos após constatarem que o modelo anterior não assegurava equilíbrio financeiro e técnico. A ampliação do projeto atende ao novo Marco Legal do Saneamento e prepara o Acre para soluções estruturais de longo prazo.

“Não podemos deixar as rixas contra o nosso querido governador Gladson atrasar nosso estado. Enquanto outros, infelizmente, politizam, a gente trabalha. E quando esse novo modelo sair do papel, o povo vai saber quem teve coragem de fazer o certo”, finalizou.

Nota oficial do prefeito Tião Bocalom

Em resposta às recentes declarações do senador Alan Rick, venho esclarecer alguns pontos fundamentais que não podem ser ignorados:

Com a experiência de quatro mandatos completos como prefeito, nunca tive uma conta reprovada nem respondi por malversação do dinheiro público. Não entro em barco furado.

Há pouco mais de um ano, Vossa Excelência apresentou um estudo sobre a gestão de lixo para os 22 municípios, com previsão de custo de R$ 7 milhões — antes mesmo da consolidação do consórcio. Agora, depois de consolidado, o custo anunciado saltou para R$ 14 milhões. Tem alguma coisa errada aí, ou não tem?

E é importante lembrar: esse valor elevado é apenas para o estudo do lixo. Enquanto isso, o Governo do Estado pagou pouco mais de R$ 4 milhões, em 2022, para um estudo completo sobre água e esgoto, áreas muito mais complexas. A comparação é inevitável e precisa ser feita com responsabilidade.

Não serei o gestor que vai transferir para os municípios — e para prefeitos que zelam por seus CPFs, assim como eu — uma dívida milionária por um projeto sem garantias de viabilidade. Agora, com o Estado assumindo a liderança, os riscos são compartilhados e o foco é o saneamento completo: água, esgoto e lixo, em todos os 22 municípios.

Lembre-se, senador: pela minha experiência em gestão pública, não coloco minha mão em cumbuca.

Também não aceitarei que interesses escusos imponham sobre os ombros do povo uma nova taxa de lixo impagável para os mais pobres, ou injusta com quem já paga seus tributos com sacrifício. O caminho precisa ser técnico, responsável e justo.

Lutar sempre. Entregar-se, jamais.

*Tião Bocalom

Prefeito de Rio Branco

Presidente da Amac

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