Após meses de imbróglio, o prefeito Tião Bocalom finalmente anunciou a desfiliação do Progressistas e oficializou a ida ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que inclusive já tem uma reunião marcada, em Brasília, nesta quinta-feira (29). Na carta enviada ao governador Gladson Cameli, presidente do PP no Acre, Bocalom apresentou uma série de motivos que o fizeram chegar nessa decisão. A primeira e mais obvia, foi a carta de liberação assinada pela deputada federal Socorro Neri, presidente do partido em Rio Branco, que dizia que ele poderia escolher outra sigla para concorrer à reeleição.
Admiração
Na carta, Bocalom fala sobre a admiração que tem por Gladson e lembrou que ele só voltou ao Progressistas por conta do governador, que fez o convite em 2018.
Só um pode ser candidato
Bocalom falou o óbvio após ter anunciado a saída do PP: “Não há lugar para dois candidatos. Se eles escolheram o Alysson e eu quero concorrer à reeleição, preciso procurar outro partido”.
Uma tristeza …
Era nítido a tristeza de Bocalom ao oficializar a desfiliação do Progressistas. O prefeito deixa o partido como vítima e vai se agarrar a essa narrativa na campanha. Prova disso foi a frase dita durante a leitura da carta: “Saio com o coração partido”.
Sem mágoas
Bocalom disse ainda que não sai magoado do Progressistas. O discurso do prefeito o deixa em uma situação de superioridade, um verdadeiro mártir.
“Eu acho que é o jogo da política. E a gente precisa entender que, com tantos anos que eu tô na política, eu não saio magoado. É apenas um direito que eles têm de tomar a decisão de que não me querem mais lá. Se não me querem mais lá, infelizmente, eu tenho que sair e evidentemente que eu quero ir para uma reeleição e para ir para uma reeleição precisa uma agremiação partidária, então eu não posso continuar desse jeito”.
Bittar ainda tentou
O prefeito declarou ainda que o senador Marcio Bittar ainda tentou convencer o governador Gladson Cameli de apoiar a reeleição de Bocalom no Progressistas, o que não foi acatado.
“Por diversas vezes o senador falou com o governador, com a equipe Progressistas – ‘Olha o Bocalom não precisa sair do PP para ter o meu apoio e o apoio do PL, do presidente Bolsonaro. Mas mesmo assim eles acharam por bem de que o Bocalom não será o candidato do partido”, contou.
Dois ou um?
Alysson Bestene não terá o apoio de Marcio Bittar para a Prefeitura de Rio Branco. Por outro lado, o secretário de Governo terá ao lado do outros dois senadores: Alan Rick e Sérgio Petecão.
Melhor coisa
O melhor que poderia acontecer, aconteceu com Bocalom. O PL era o caminho mais favorável para ele. Como o prefeito mesmo disse, “o PL é uma linha de direita, uma linha baseada nos princípios cristãos, baseada na iniciativa privada, na liberdade econômica, então é o partido que eu me identifico bastante”.
Votos a rodo
Fora isso, Bocalom abocanha de vez uma ala grandiosa politicamente e ideologicamente no Acre: o bolsonarismo.
Troca de farpas
O deputado Whendy Lima gravou um vídeo para rebater as acusações do colega de parlamento, Emerson Jarude, sobre críticas feitas ao governador Gladson Cameli. O filho de N. Lima nunca fala no plenário da Aleac, mas usou as redes sociais para defender Gladson. Cada um utiliza as ferramentas que acha melhor, não é?
Dois caminhos
Vivendo mais uma alagação recorde, Xapuri deve ter um dilema nas eleições deste ano. O prefeito Bira Vasconcellos ainda não tem um nome para sua sucessão. Porém, dois grupos políticos conhecidos do eleitor já tem nomes para a disputa, mas ainda não revelaram: o do deputado Manoel Moraes e do ex-deputado Antônio Pedro.
Título ao ex-presidente
Com data marcada para vir ao Acre filiar o prefeito Tião Bocalom ao PL, o ex-presidente Jair Bolsonaro vai receber o título de cidadão rio-branquense concedido pela Câmara Municipal de Rio Branco, a pedido do vereador João Marcos Luz.
Acre não é prioridade?
O presidente Lula perdeu a oportunidade de vir ao Acre agora, na época em que o estado mais precisa, em mais uma alagação recorde. O Acre faz parte da lista de federações que o presidente ainda não visitou depois que foi eleito para um 3º mandato. Lula embarcou para Guiana para participar da cúpula da Caricom. Até o momento, mesmo com a Situação de Emergência, nenhum ministro do governo federal, nem o vice-presidente Geraldo Alckmin vieram ao Acre para acompanhar de perto a situação das enchentes.