Após o advogado Enio Martins Murad deixar o processo de Alexandre Correa contra Ana Hickmann, por receber uma série de ameaças de morte, o empresário já tem um novo defensor: trata-te de Bruno Ferullo, responsável pela defesa de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo próprio Ferullo, na tarde desta terça-feira (9/4).
Além de Marcola, condenado a 330 anos de prisão e atualmente cumprindo pena na Penitenciária Federal de Brasília, Ferullo também é responsável pela defesa de Nelma Kodama, doleira acusada de tráfico internacional e primeira delatora da Lava-Jato.
Mudança na defesa de Correa
Em comunicado, Murad explicou o motivo de ter abandonado o caso do empresário: “Quero buscar a investigação de quem são os grupos cibernéticos e pessoas físicas que estão preocupados em desonrar minha imagem, intimidar meu comportamento, inclusive me ameaçando publicamente de morte e de me denunciar para a OAB pelo meu comportamento combativo na defesa dos interesses do meu cliente”.
Ele afirmou ainda que precisa se afastar do caso para que os responsáveis pelas ameaças sejam encontrados, e que ele esteja isento nesse processo.
“Nós cremos que esses ataques por robôs cibernéticos são promovidos pela parte ex-adversa e seu novo convivente, colega de 20 anos de trabalho, o cozinheiro da Bandeirantes”, afirmou com referências a Ana Hickmann e Edu Guedes.
Leia a nota na íntegra:
“Eu, Enio Martins Murad, advogado que atuou por quase 150 dias na defesa de Alexandre Bello Correa, diante do turbulento episódio que envolve a separação do empresário da apresentadora Ana Hickmann declaro que, durante esse período, tive 13 vitórias na Justiça contra a equipe da apresentadora. Durante esse processo, meu cliente foi submetido a três tentativas ilegais de prisão e a outros crimes que a sociedade hoje tem plena ciência.
Não obstante, o massacre pela mídia social, e portais de notícias, que, desde o dia 11 de novembro de 2023, noticiam que meu cliente — sem que ele tenha nenhuma sentença contra ele ou que sequer tenha sido indiciado por investigações de fraude ou desvio — tem sido tachado como um pária social, uma pessoa que fraudou as empresas do casal e desviou recursos, supostamente, de sua esposa, bem como, supostamente, a agrediu fisicamente, como é tratado o pequeno esbarrão na porta, quando Ana Hickmann tentou trancar a porta e Alexandre segurou para que essa não fosse trancada.
Meu cliente está passando por um processo kafkiano há quase 150 dias. Recentemente, após todas essas vitórias, comecei a receber ameaças de todo tipo, seja na rede social, pelo direct, ou pelo WhatsApp. Então, preciso me afastar do caso nesse momento para que seja apurado quem são os autores dessas ameaças. E para que tenha isenção nesse processo, porque nós cremos que esses ataques por robôs cibernéticos são promovidos pela parte ex-adversa e seu novo convivente, colega de 20 anos de trabalho, o cozinheiro da Bandeirantes.
Assim, vou sair de todos os processos que envolvem o conflito do casal Alexandre Correa e Ana Hickmann. Considero meu trabalho de atuação vitorioso até esse momento e quem vai assumir os processos serão os advogados Bruno Ferullo, Diva Carla Bueno Nogueira e Sergue Barros.
Torno público por nota que, a partir de hoje, não atuo mais como advogado de Alexandre Bello Correa porque necessito buscar a investigação de quem são os grupos cibernéticos e pessoas físicas que estão preocupados em desonrar minha imagem, intimidar meu comportamento, inclusive me ameaçando publicamente de morte e de me denunciar para a OAB pelo meu comportamento combativo na defesa dos interesses do meu cliente. Considero nosso trabalho cumprido.
Dentro, em breve, a sociedade terá ciência desses fatos de forma cristalina. Deixo a causa para os novos advogados. Agradeço aos órgãos de imprensa e comunico que vou mais prestar declarações sobre o caso. Alexandre não terá mais ninguém como porta-voz.
Assim, renuncio todos os poderes até que se apure quem são os autores dessas ameaças contra o meu trabalho de advogado, o que considero um cerceamento de defesa e violação dos direitos humanos. Deixo claro ao público que Alexandre Correa nunca pagou meus honorários, mas acredito que ele vai se reerguer e cumprirá com as obrigações comigo, como sempre cumpriu, porque, afinal, o conheço há mais de uma década. Atenciosamente, Enio Martins Murad.”