Dengue: Brasil ultrapassa 4 milhões de casos prováveis

Número de óbitos confirmados e em investigação aumentou; vacinas contra a doença são expandidas para mais seis estados brasileiros

A última atualização do cenário de dengue no país, feita pelo Ministério da Saúde na tarde desta segunda-feira (29/4), contabiliza 4.127.571 casos prováveis da doença em 2024. O número representa um recorde na série histórica, mas mostra também uma diminuição dos casos registrados na última semana, em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram 68.492 novos casos, contra 86.900 na mesma semana de 2023.

Brasil ultrapassa 4 milhões de casos prováveis/Foto: AFP

De acordo com o Ministério, o número de óbitos por dengue chegou a 1.937 neste ano. Já os casos de mortes ainda em investigação saltaram para 2.345. Agora, o índice de letalidade em casos prováveis está em 0,05, e em casos graves, 4,40. O coeficiente de incidência da doença no Brasil passou de 1931,1 para cada 100 mil habitantes para 2032,7.

Em um recorte estadual, Minas Gerais lidera o ranking de casos prováveis, com 1.225.588 casos. São Paulo segue logo atrás, com 1.026.561, e Paraná com 421.464. Na delimitação de incidência da arbovirose, o Distrito Federal é a unidade da Federação com maior coeficiente, 8507,9 para cada 100 mil habitantes. Minas Gerais vem em segundo (5967,2) e Paraná (3683,1) em terceiro.

Vacinação

Frente ao cenário da doença, o Ministério da Saúde anunciou, na última quinta-feira (25/4), a expansão da vacinação contra a doença para mais 625 novos municípios e seis estados brasileiros: Alagoas, Ceará, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e Mato Grosso.

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A quarta remessa de doses conta com um total de 986,5 mil unidades do imunizante. Os municípios que já estavam nos planos de vacinação anteriores receberão 481,9 mil doses, e as novas localidades 504,6 mil.

Os critérios utilizados para a distribuição das doses foi determinada com base no ranqueamento das regiões de saúde e municípios, no quantitativo necessário de doses conforme a disponibilidade prevista pelo fabricante e pelo cálculo do total de doses a serem entregues em uma única remessa ao município.

Em entrevista à jornalistas, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, ressaltou que o processo de vacinação chegou, com essa nova medida, a contemplar 25 estados brasileiros com a vacina.

“Com essas novas remessas que estão sendo distribuídas, vamos chegar a 1,3 mil municípios atendidos em todo o Brasil. Importante destacar que estamos seguindo a lista de regiões previamente pactuada com os gestores de saúde dos estados e dos municípios”, afirmou.

O Ministério reforça que as doses da vacina destinadas à aplicação da segunda dose (D2) serão enviadas posteriormente, levando em consideração o intervalo recomendado de três meses para completar o esquema vacinal.

Combate ao mosquito

Os esforços contra o mosquito transmissor da doença, o Aedes Aegypti, devem ser desempenhados tanto pelo governo como pela população. O Ministério salienta a eliminação dos focos do mosquito como uma das medidas mais eficazes de prevenção.

“As larvas do transmissor se desenvolvem em água parada. Dessa forma, é preciso empenho da sociedade para eliminar os criadouros com medidas simples e que podem ser implementadas na rotina, como tampar caixas d’água e outros reservatórios, higienizar potes de água de animais de estimação, tampar ralos e pias, entre outras”, ressalta o órgão.

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