O principal acusado como mandante do assassinato do ex-prefeito de Plácido de Castro Gedeon de Barros, assassinado em Rio Branco em maio de 2021, o comerciante e agiota Carmélio Bezerra, continua lutando para não ser pronunciado e não ir ao Tribunal do Júri Popular pelo crime. Ainda nesta semana, o advogado do acusado, David Bezerra, deve ingressar no STJ (Superior Tribunal de Justiça), pedindo o relaxamento da prisão e a impronúncia de sue cliente como mandante do assassinato.
Gedeon de Barros foi assassinado ao entrar na cidade de Rio Branco, vindo de Plácido de Castro pela BR-364, dirigindo um veículo do tipo Corola, acompanhado de um carona. Ao parar na frente da sede da Suframa, no bairro Santa Inês, em Rio Branco, ao que tudo indica para atender a uma ligação no telefone celular, foi abatido com dois tiros certeiros na cabeça. Os assassinos, que estavam de moto, simularam um assalto, mas os investigadores da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), passaram a diligenciar as investigações em outras frentes por causa das características de crimes de pistolagem e também porque os possíveis assaltantes não levaram nenhum objeto da vítima.
Mais de dois anos depois do crime, a Polícia Civil deu o caso por encerrado como crime decorrente de empréstimo de dinheiro através de agiotagem. Gedeon de Barros chegou a concorrer à reeleição no cargo de prefeito nas eleições municipais de 2020, tendo como candidato a vice-prefeito seu ex-secretário de esportes, Eliomar Mariano, o “Mazinho”, que seria um dos implicados na morte do ex-prefeito. Além de Carmélio Alves e “Mazinho” estão presos e acusados pelo crime Clebson Rodrigues do Nascimento, Weverton Monteiro Oliveira, Antônio Severino de Souza, João da Silva Cavalcante Junior e Sairo Gonçalves Petronilio.
Todos apontados em delação premiada por um dos matadores, João Silva Cavalcante, que seria o piloto da moto da qual o atirador, sentado na garupa do veículo, teria abatido o ex-prefeito. É exatamente a delação premiada de um dos envolvidos no crime que será questionada no STJ pelo advogado David Santos, que patrocina a defesa de Carmelio Alves Bezerra.
No questionamento, o advogado vai apontar também demora no prazo de conclusão do inquérito, apontando que seu cliente está preso há mais de seis meses, desde dezembro do ano passado. Quanto à delação premiada, o advogado questiona como fator único e incapaz de comprovar a participação de Carmélio Alves no crime.