Menina de 3 anos estuprada por pai e avô era alimentada por vizinhos

Polícia Civil de Goiás prendeu os suspeitos na última semana. Vítima de 3 anos estava com cáries nos dentes e era alimentada por vizinhos

Uma menina de três anos, vítima de estupro em casa, supostamente cometido pelo próprio pai e pelo avô, foi encontrada em condições degradantes pela Polícia Civil de Goiás (PCGO). De acordo com a investigação, a criança tinha cáries nos dentes e era alimentada pelos vizinhos, principalmente quando os homens estavam bêbados.

O caso foi registrado em Pontalina, cidade que fica a 127 km de Goiânia. Os suspeitos foram presos e, diante das condições da menor, além do estupro de vulnerável, eles também serão investigados pelo crime de maus-tratos. O pai tem 26 anos e o avô 48.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Tereza Nabarro, a situação só não ficou pior, porque a menina era bastante querida pela vizinhança e, por isso, recebia ajuda com frequência. O Conselho Tutelar da cidade informou à polícia que a família tem histórico de alcoolismo.

Crime descoberto após orientação

Após a prisão dos suspeitos, a criança foi encaminhada para tratamento das cáries. O caso só veio à tona, após relato da menor feito para as professoras da creche. Ela contou que vinha sendo tocada em partes do corpo que não podem ser tocadas. A criança adquiriu essa noção, após receber orientações de higiene pessoal no local, dias antes.

Segundo a delegada, as crianças são ensinadas na creche a fazer a própria limpeza sozinhas. “As professoras não tocam no corpo das crianças e elas ensinam as partes que elas têm que cuidar e que um homem não pode [tocar]”, explica Tereza.

As professoras relataram a polícia que observaram uma mudança de comportamento na menina e que ela comparecia à creche sem os devidos cuidados, sempre suja e visivelmente abalada. O pai foi preso em flagrante na terça-feira (9/7) e o avô na quinta-feira (11/7). Eles seguem presos.

A criança foi acolhida por uma família nomeada pelo Conselho Tutelar. A prisão dos suspeitos ocorreu após ação conjunta entre a creche, representantes do Ministério Público, Conselho Tutelar e a Justiça de Pontalina.

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