Mercado Velho cede 1 cm a cada dois dias e comerciantes devem ser retirados, diz Defesa Civil

As Defesas Civis do Município e do Estado vão se reunir com o Ministério Público nesta sexta-feira (11)

As Defesas Civis de Rio Branco e do Estado decidiram retirar os comerciantes do Calçadão do Mercado Velho, em razão da erosão que atinge um dos pontos turísticos mais importantes da capital.

Erosão voltou a se intensificar/Foto: Reprodução

VEJA MAIS: Erosão no calçadão do Mercado Velho piora e comerciantes alertam: ‘Medo de desabar’

O coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel José Glaucio, a erosão vem cedendo o calçadão 1 cm a cada dois dias, o que revela a emergência da retirada dos comerciantes.

“Recebemos um laudo afirmando que esse talude [plano de terreno inclinado] está cedendo um centímetro a cada dois dias e isso sem a presença das chuvas. Caso haja uma chuva nesse final de semana, poderá ir a baixo”, disse.

“A preocupação da Defesa Civil é preservar vidas, por isso precisamos fazer o isolamento. Fazer a retirada do pessoal para um outro local, porque eles dependem daqui para viver, é uma área comercial. Tem que ser feito de maneira organizada”, completou.

CONFIRA TAMBÉM: Vídeo do ContilNet mostra situação da erosão que ameaça destruir Calçadão do Mercado Velho

As Defesas Civis do Município e do Estado vão se reunir com o Ministério Público nesta sexta-feira (11) para tratar sobre a retirada dos comerciantes do local. “Vamos convidá-los para que eles entendam que nós não queremos atrapalhar, estamos querendo fazer uma prevenção para que não aconteça algo mais grave”.

Situação de emergência 

A erosão no Mercado Velho começou em junho deste ano.  No mesmo mês, o governador Gladson Cameli decretou situação de emergência em dois municípios do Acre – na capital Rio Branco e em Feijó -, em razão de erosão fluvial constatada nos últimos meses.

SAIBA MAIS: Gladson decreta situação de emergência em cidades do Acre por conta de erosão fluvial

Em Rio Branco, o decreto considerou diversos casos de erosão nas margens do leito do Rio Acre, além de rompimento de calçadas, movimentação do calçadão e potencial risco aos prédios históricos e construções vizinhas.

PUBLICIDADE