O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), cobrou ações e disse que o Governo Federal “não pode se omitir” diante das ameaças de uma facção criminosa ao prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL).
O prefeito, reeleito com quase 55% dos votos nas eleições municipais de 2024, recebeu uma ameaça de morte na última terça-feira (25). O coronel Ezequiel Bino, chefe do Gabinete Militar da Prefeitura de Rio Branco confirmou ao ContilNet, com exclusividade.
VEJA TAMBÉM: Ameaças e plano para matar Bocalom serão levadas à Polícia Federal e caso repercute em Brasília
Os senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, na sessão da última quarta-feira (16), repudiaram as ameaças de morte sofridas pelo prefeito reeleito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL). Na sessão, os senadores do Acre, Marcio Bittar e Alan Rick, ambos do União Brasil, se solidarizaram com o prefeito.
Além de falar sobre a infiltração de facções criminosas em candidaturas, Alcolumbre também disse que levaria o caso de Bocalom ao conhecimento do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
“É um caso gravíssimo de um atentado à democracia brasileira quando as organizações criminosas impedem o candidato A de entrar em um bairro da cidade, a não ser que pague, ou liberam um candidato B, que é filiado a uma facção e que pode entrar para pedir voto”, disse Alcolumbre, segundo a Revista Veja.
Entenda
O prefeito reeleito de Rio Branco, Tião Bocalom, recebeu uma ameaça de morte, fazendo com que a equipe triplicasse a segurança. A informação foi repassada à equipe do prefeito pela Polícia Civil, que está investigando o caso. De acordo com o órgão, a ameaça seria concretizada na noite da última terça-feira.
LEIA: O que diz a polícia sobre as investigações das ameaças de morte contra Bocalom? Entenda
“Essa ameaça se concretizaria hoje [terça-feira] à noite. A partir dessa denúncia que chegou aos canais oficiais da polícia e está sendo acompanhada de perto pelo delegado-geral da Polícia Civil, Henrique Maciel, a equipe do Gabinete Militar, que é a encarregada da segurança do prefeito, tomou as medidas necessárias, acionando também a equipe de inteligência da Segurança Pública Estadual”, afirmou.
Por precaução e segurança, a assessoria do prefeito decidiu suspender as agendas externas do chefe do executivo e acomodá-lo em outro local, fora de sua casa.
Polícia Federal
O chefe do Gabinete Militar da Prefeitura de Rio Branco, coronel Ezequiel Bino, compareceu na última quarta-feira (16) à sede da Polícia Federal para tratar sobre as ameaças de morte contra o prefeito Tião Bocalom (PL).
VEJA: Após ameaças de morte, equipe de Bocalom vai à PF e triplica segurança do prefeito
As ameaças foram descobertas pela equipe da Polícia Civil, informadas ao Gabinete Militar na manhã de segunda-feira (14) e seriam ‘cumpridas’ na terça-feira (15). O responsável pelas investigações será o delegado Pedro Buzolin.
“Nós trabalhamos com duas possibilidades: se as ameaças tiverem procedência e alguém tenha realmente a intenção de tentar contra a vida do prefeito, é gravíssimo e a gente tem que apurar. Se não é, se estão falseando uma ameaça, também é grave, porque o prefeito tem que dar continuidade a agenda pública dele e a gente não pode ficar limitado a essas denúncias. Sendo verdadeiras ou não, nós queremos chegar à fonte”, disse Bino.
Questionado se há possibilidade das ameaças ao prefeito serem de conotação política, Bino disse que não acredita nessa tese, mas lembrou que as investigações deverão confirmar ou não.