Mesmo com o aumento do número de casos de dengue em todo o Acre — motivo pelo qual o Governo decidiu decretar estado de emergência — ainda é baixa a procura pela vacina contra a doença, disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o Estado.
A informação foi dada nesta quarta-feira (8) pelo secretário de Saúde, Pedro Pascoal, em coletiva à imprensa. O gestor também anunciou a morte de uma criança pela doença, em dezembro de 2024, em Cruzeiro do Sul. Outros dois óbitos estão sendo investigados pela mesma causa.
A campanha de vacinação contra a dengue no Acre é exclusiva para todas as crianças e adolescentes de 10 anos completos a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias).
“Infelizmente, ainda temos uma baixa procura pela vacina. Os pais e responsáveis devem se conscientizar e levar as crianças à UBS mais próxima de casa. É uma forma de proteger nossa população do vírus. Não estamos provocando pânico em ninguém, mas é preciso entender que não imunizar uma criança é colocá-la em risco diante dessa situação epidêmica que enfrentamos”, destacou o secretário.
Pedro foi questionado sobre as chances de expandir a imunização para outras faixas etárias:
“Ainda não temos isso previsto. As doses têm um longo período de validade, exatamente para abarcar o maior número possível de pessoas. Por enquanto, o que o Ministério da Saúde prevê é a imunização desse grupo de 10 a 14 anos”.
Decreto de emergência
O decreto de situação de emergência em decorrência do aumento de casos de arboviroses (Dengue, Chikungunya e Zika) foi anunciado nesta quarta-feira (8), em coletiva à imprensa. O documento deve ser divulgado na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (9).
O anúncio, dado pelo secretário Pedro Pascoal, contou com a participação do secretário municipal de Saúde de Rio Branco, Renan Biths; do coordenador do Centro de Operações de Emergência em Saúde da Sesacre, Marcos Malveira; e da secretária-adjunta de Administração da Sesacre, Andrea Pelatti.