Contra baixo orçamento, PM dá início à “Operação Tartaruga” e criminalidade pode aumentar

Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (13), na frente do Comando Geral da Corporação, militares anunciaram que a partir de agora, enquanto o governo não der condições para combater o crime, não irão mais arriscar suas vidas, tento em vista que alegam ser impossível sem viaturas, armamento e até munição para enfrentar a criminalidade.

“Apesar de serem os policiais militares que estão sempre na linha de frente no combate ao crime, o governador Tião Viana parece detestar os militares”, alega o presidente da Associação, Joelson Dias.

Segundo Joelson, o governo do Partido dos Trabalhadores sempre tratou a Corporação com desrespeito, principalmente quando o assunto é reajuste de salário. Para se ter uma ideia, disse o representante, um Policial Civil com 15 anos de carreira tem hoje salário de R $ 11 mil, enquanto um militar com o mesmo tempo de serviço recebe apenas R$ 6 mil.

“Somos nós que carregamos o piano combatendo os bandidos 24 horas por dia. O policial militar sempre foi desprestigiado por esse governo. Em alguns municípios, como Porto Walter por exemplo, nem quartel próprio nós temos. Lá é uma casa alugada e vez ou outra somos ameaçados de despejo porque não tem dinheiro para pagar o aluguel. Até o nosso fardamento, muitas vezes a gente tem que comprar se não quiser trabalhar com a roupa esfarrapada. Isso é um absurdo como a gente é tratado por esse governo que está aí há 8 anos e nunca reconheceu nossos esforços”, lamenta Joelson.

Reunião aconteceu na tarde de quarta-feira/Foto: reprodução

 

Representantes da Associação do Militares seguiram para os Batalhões para anunciar aos que estavam de serviço que a partir de agora tem início o que batizaram de “Operação Tartaruga”, ou seja, os militares prometem fazer apenas o que manda a Lei, como por exemplo não sair dos quartéis com viaturas de pneus carecas, vidros quebrados, sem giroflex, sem freio e ainda não ultrapassar a velocidade máxima estipulada para atender as ocorrências, que é de apenas 40km por hora.

“Infelizmente quem vai sofrer é a população. Nós sentimos muito, mas também somos pais de família, temos que trabalhar com segurança e queremos no final do dia como todo mundo poder voltar para casa vivo, para nossas esposas e filhos”, finalizou Joelson.

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