Depois de bater o corpo em alguma superfície ou até após uma queda, é normal que algumas manchas roxas apareçam pela pele. No entanto, quando esses sinais surgem sem que você se lembre de como foram parar lá, é importante procurar ajuda médica para saber se eles representam algum risco à saúde.
“A avaliação médica é importante porque, através da história do paciente e um exame físico bem detalhado, poderá ser feita a classificação dessas manchas roxas ”, alerta Marjorie Colombini, patologista clínica com especialização em Hematologia e Coagulação do Alta Excelência Diagnóstica.
Na consulta, o especialista poderá avaliar o tamanho, localização, coloração, tempo de aparecimento das marcas, se são palpáveis ou não ao toque, se desaparecem ao pressioná-las com os dedos e, até mesmo, se são realmente necessários testes laboratoriais para que a causa seja identificada.
“Para exemplificar, as manchas menores que 3mm de diâmetro são chamadas petéquias e, normalmente, se relacionam mais com alterações das plaquetas; se elas se unirem e tiverem menos que 1 cm passam a ser chamadas púrpuras e, quando maiores que 1 cm, são denominadas equimoses ou hematomas”, explica Marjorie.
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No caso, os hematomas são sangramentos subcutâneos ou mais profundos que podem atingir grandes proporções dependendo da causa. Segundo Marcello Augusto Cesar, hematologista do Hospital São Luiz Itaim, os que possuem tamanho maior que 1 cm precisam de investigação, principalmente se forem localizado em regiões como abdômen, tórax e face.
“Hematomas espontâneos que ocorrem principalmente em áreas centrais do corpo e que sejam múltiplos e grandes geralmente significam doenças ou efeitos colaterais de medicamentos. Em extremidades, como braços e mãos, geralmente são benignos e não requerem investigação diagnóstica”, destaca Cesar.
O que as manchas roxas podem representar?
As manchas roxas que aparecem de forma espontânea e não estão relacionadas com uma condição clínica específica, segundo Marjorie, são mais frequentes em pessoas saudáveis, jovens e do sexo feminino. Elas são atribuídas, na verdade, a problemas de ordem emocional e que afetam o psicológico.
“Mas inúmeras outras situações podem estar relacionadas com o aparecimento espontâneo dessas manchas e precisam ser investigadas”, pontua a médica. Segundo ela, algumas situações são: infecções virais ou bacterianas, distúrbios metabólicos, idade avançada, doença hepática avançada ou hemofilia.
São diferentes situações para o aparecimento das manchas, uma vez que podem surgir devido ao extravasamento do sangue de dentro do vaso ou não. “Os vasos sanguíneos, em especial os de pequeno calibre e alguns componentes do sangue, como as plaquetas e os fatores de coagulação, são os responsáveis pela manutenção da integridade do sistema hemostático”, diz Marjorie.
No entanto, quando existe determinada alteração em algum desses elementos, as marcas arroxeadas podem aparecer de forma espontânea, após pequenos traumas ou mesmo após cirurgias. É importante ainda prestar atenção também se as manchas estão associadas a quaisquer outros sintomas.
“A presença dessas manchas na pele pode estar associada a outros quadros hemorrágicos, como sangramento nasal (epistaxe), sangramento gengival (gengivorragia), sangramento na urina (hematúria), sangramento menstrual aumentado (menorragia) e sangramento gastrointestinal”, alerta Marjorie.
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Outros sinal é o sangramento em grandes grupos musculares relacionados a distúrbios de coagulação. Em todos os casos, a hematologista orienta a procurar avaliação médica especializada para identificar as possíveis causas das manchas roxas e, dessa forma, definir qual será o tratamento a ser seguido.