A prefeitura de Rio Branco voltou atrás e decidiu não mais interromper a vacinação prioritária para pessoas com comorbidade. No início da semana, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) havia anunciado que indivíduos pertencentes a esse grupo prioritário que ainda não se vacinaram teriam de esperar a chegada da sua idade para poder se imunizar.
A notícia foi alvo de protesto nas redes sociais, uma vez que muitas pessoas não tiveram tempo, nas duas semanas reservadas para a vacinação, de obter laudo médico e fazer cadastro presencial em unidade básica de saúde para só depois poder se imunizar.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Semsa disse que interromperia o esquema vacinal para pessoas com comorbidades por determinação do Programa Nacional de Imunização (PNI), que guia todas as campanhas de vacinação contra a Covid-19 no Brasil.
No entanto, o ContilNet apurou que não há recomendação no PNI para interrupção de vacinação de prioritários antigos. Ou seja, a inclusão de novos grupos na campanha é para incrementar as prioridades, e não anular as anteriores.
A diretora de Assistência em Saúde da Semsa, Sheila Vieira, justificou que a gestão pensou em anular a prioridade de pessoas com comorbidades devido a logística necessária para imunizá-los, tendo em vista que eles precisam fazer cadastro antes de receberem a dose e que, para isso, a unidade de saúde precisaria disponibilizar um aparato maior de pessoal e equipamentos.
Com isso, quem possui algum tipo de comorbidade e ainda não se vacinou vai poder levar seu laudo médico em qualquer uma das unidades básicas de saúde – com exceção da Ary Rodrigues, na Seis de Agosto – e receber a primeira dose do imunizante.