Bittar diz que obras paralisadas prejudicam o Acre e fazem desemprego aumentar

Senador faz a declaração em função da paralisação de obras e aumento do desemprego por causa da Operação Ptolomeu

“Eu só queria advinhar onde está enterrada esta cabeça de burro – de burro não; de urubu – que, como acreano, iria lá desenterrar para tirar nosso povo dessa situação em que as coisas aqui não dão certo”.

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A declaração foi feita nesta sexta-feira (9) pelo senador Marcio Bittar (União Brasil-AC), em Brasília, sobre a atual situação no Estado do Acre. “Com obras paralisadas e o desemprego aumentando, o Acre lembra aqueles lugares em que, na antiguidade, diziam que era um local de azar, onde as coisas não dão certo e a tal cabeça de burro tinha que ser arrancada para as coisas voltarem a dar certo”, disse.

Márcio Bittar/Agência Senado

Marcio Bittar disse que a situação de letargia no Estado decorre da ação policial da Operação Ptolomeu, executada no Acre desde dezembro de 2022 a qual investiga o governador Gladson Cameli, alguns de seus secretários e empresários da construção civil. A investigação paralisou as obras em execução em Rio Branco e em outros municípios e isso vem causando a dispensa, pelas empresas contratadas para as obras, dos operários.

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“Com as demissões, além de não terem as obras de que tanto necessitam, a população acreana, nossa população ainda tem que conviver com a elevação dos índices de desemprego”, acrescentou o senador.

Marcio Bittar afirmou ainda que decisões judiciais não se discutem e, sim, se cumprem, mas lembrou que, por causa da paralisação das obras, quem paga o pato, como se diz na expressão popular, é a população.

“Isso me deixa muito triste porque, quando as coisas pareciam funcionar, com a realização de obras há muito tempo desejadas pela população, eis que surge esta Operação que paralisa tudo no Estado. Parece mesmo aquela coisa da cabeça de burro, que eu digo que é mesmo uma cabeça de urubu”, disse.

O senador disse que, pela primeira vez em sua história, o Acre tem direito a receber, por parte da bancada federal no Congresso Nacional, o equivalente a R$ 700 milhões e corre o risco de deixar de aplicar esses recursos por causa da paralisação imposta pelas decisões da Operação Ptolomeu.

“É um momento muito difícil. Temos os recursos, o governo está disposto a fazer, mas as obras não podem acontecer por causa das decisões judiciais”, disse.

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