É claro que para qualquer candidato a prefeito disputar uma eleição com o apoio do governo Estadual é uma vantagem e tanto. Agora, imagina concorrer ao cargo com a ajuda do governo federal? O presidente Lula ainda não oficializou os nomes que deverá apoiar na corrida pelas Prefeituras nas capitais do ano que vem. Porém, o desenho até aqui vem dando uma noção do que pode acontecer. Lula quer mudar o fracasso que o PT obteve em 2020, quando não conseguiu eleger nenhum prefeito nas 27 capitais. Em Rio Branco, o partido havia lançado candidatura na época de Daniel Zen.
Para 2024, o PT já decidiu que não irá lançar candidatura majoritária, pela primeira vez em anos. O partido será coadjuvante nas eleições e escolheu apoiar Marcus Alexandre, agora no MDB. Entretanto, o PT tem uma carta na manga: o apoio do presidente Lula. Sem candidatura própria no partido, Lula deve caminhar para escolher Marcus Alexandre na disputa pela Prefeitura de Rio Branco. Inclusive, isso pode servir como barganha para que o partido possa emplacar o candidato a vice-prefeito na chapa.
Cabos eleitorais
Por outro lado, o ex-presidente Bolsonaro segue como um cabo eleitoral forte em alguns estados brasileiros, entre eles o Acre. Na capital, o PL, partido do ex-presidente, ainda não definiu candidatura pela disputa à Prefeitura de Rio Branco. Há expectativas de que o atual prefeito, Tião Bocalom, deixe o Progressistas e se filie ao PL para disputar a reeleição.
Direita dividida
Dentre os pré-candidatos lançados na mesa, mais da metade faz parte da ala bolsonarista, que ficará dividida, caso todas sejam realmente colocadas para frente: Coronel Ulysses (União Brasil), Tião Bocalom (PP ou PL), Antônia Lúcia (Republicanos) e Emerson Jarude (Novo). Todos esses devem surfar na onda do ex-presidente Bolsonaro, como fizeram em eleições passadas.
No meio do furacão
Outro pré-candidato já anunciado, Alysson Bestene, do Progressistas, consegue transitar entre os dois lados e segue sendo cortejado tanto pela esquerda, quanto pelo centro e a direita.
Divisão no governo Lula
Há também uma possível divisão entre membros do governo Lula a respeito do apoio na corrida pela Prefeitura de Rio Branco. Por exemplo, enquanto o presidente Lula deve apoiar Marcus Alexandre, o vice-presidente Geraldo Alkimin, do PSB, deve focar em eleger Jenilson Leite, do mesmo partido, que segue com a pré-candidatura de pé.
Apoio em Brasília
Mais recentemente, Jenilson foi até Brasília dialogar com a Executiva Nacional do PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, para viabilizar a candidatura. O lançamento da pré-candidatura reflete o posicionamento do partido, que já decretou que cidades com mais de 200 mil habitantes, deverão ter candidaturas majoritárias concorrendo às Prefeituras. Que é o caso de Rio Branco.
RELEMBRE: Jenilson diz que candidatura a prefeito está de pé e que apoio a Marcus não está sendo discutido
Recado claro
“Há esse propósito. A pré-candidatura segue. A eleição é no ano que vem, vamos ver como as coisas se comportam e aí, quando a gente decidir se manterá a candidatura ou não, a gente vai começar a conversar sobre alianças com outras forças”, disse Jenilson a coluna.
Aleac
A dupla dinâmica da Aleac, os deputados Luiz Gonzaga, presidente da Mesa, e Nicolau Júnior, primeiro-secretário, provam que a relação entre Legislativa e Executivo é uma parceria de mão-dupla. Abrir mão de cerca de metade do orçamento geral da Casa para ajudar a equilibrar a saúde financeira do Estado é no mínimo uma decisão altruísta. Em contrapartida, os deputados conseguiram manter, mesmo com a redução, o aumento significativo das emendas parlamentares individuais.
Tudo normal
Falando em Aleac, dos 24 deputados, 19 embarcaram nesta semana para participar da 26ª Conferência Nacional da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale). O evento ocorre entre os dias 8 a 10 de novembro, em Fortaleza, no Ceará. A Aleac informou que os trabalhos seguem normais, mesmo com a ausência dos parlamentares.
Na base
A nomeação do ex-deputado Ney Amorim como novo secretário de Esportes prova que o Podemos segue na base governista, mesmo com os últimos boatos. Ney é o presidente estadual do partido, que tem 2 deputados na Aleac: Fagner Calegário e André Vale, que de vez em quando dão umas alfinetadas no governo.
Podemos em 2026
Ainda é cedo, mas Ney precisa começar a tomar decisões importantes. É que o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, do Podemos, já anunciou que é candidato ao governo em 2026. Porém, como apoiador de Gladson, Ney deve seguir com o nome escolhido pelo governador para suceder no Palácio, a atual vice-governadora Mailza Assis.
Será?
Dizem as fontes próximas ao Progressistas que Ney Amorim também desponta como um possível candidato a vice-prefeito na chapa de Alysson na corrida pela Prefeitura da capital. A nomeação do ex-deputado seria uma forma de aproximá-lo do governo e preparar terreno para uma aliança.
Secretariado
Ney não seria o único secretário de Gladson que precisaria deixar o alto escalão do governo para disputar um cargo público nas eleições do ano que vem. O prazo limite para que esses pedidos de exoneração sejam publicados no Diário Oficial é a data máxima das convenções partidárias, no ano que vem.
Off
– Boatos disseram que o telefone de Ney começou a tocar cedo nesta terça-feira;
– Já era os aliados políticos antigos pedindo indicações de cargos na Secretaria de Esportes;
– Carlão do Vôlei, ex-secretário da pasta, pode até ter que devolver parte do salário recebido;
– Acontece que ele ficou afastado por semanas do cargo, sem justificar as faltas;
– A escolha de Ney foi única e exclusiva do governador Gladson Cameli;
– O secretário de Educação, Aberson Carvalho, responsável também pela pasta do Esporte, apenas acatou a decisão de Cameli;
– Ele vem aí! O presidente Lula está cada vez mais perto de voltar ao Acre;
– A Ufac até cancelou uma inauguração de um bloco para que a agenda do presidente fosse conciliada e confirmasse a presença de Lula na cerimônia;