O ContilNet teve acesso com exclusividade a um pedido feito pela defesa dos policiais do Gefron, Cleonizo Marques Vilas Boas e Gleyson Costa, acusados de matar a enfermeira Géssica Melo de Oliveira, de 32 anos. Ela foi atingida por dois disparados durante uma perseguição na BR-317, em Capixaba, no dia 02 de dezembro do ano passado.
No pedido, o advogado dos dois policiais, Matheus Moura, solicita que as armas de todos os policiais militares envolvidos na perseguição e dos policiais rodoviários federais, que também participaram da ocorrência, sejam apreendidas para a realização de exame de balística.
De acordo com a defesa, havia uma guarnição da PMAC oriunda da Comarca de Capixaba, município onde ocorreu a perseguição, que foi a responsável por iniciar o acompanhamento em desfavor da vítima.
“Ressalta-se que a imprescindibilidade de periciar as armas dos demais policiais envolvidos é de extrema importância, pois, será verificado se houve mais disparos além dos 05 (cinco) supostamente realizados pelos investigados. Ademais, é importante mencionar que os investigados só iniciaram a perseguição após a guarnição da PMAC de Capixaba já ter perseguido por mais de 30 (trinta) quilômetros anteriormente”, alegou a defesa.
Além disso, a defesa pede ainda que seja oficiado o Comandante da Polícia Militar da Comarca de Capixaba para disponibilizar cópia do livro de cautela de armas do dia 02.12.2023, data da morte de Géssica, no prazo de 03 dias. O advogado fez o mesmo pedido à Superintendência da Polícia Rodoviária Federal do Acre para disponibilizar cópia do livro de cautela de armas.
O pedido da defesa surge logo após o delegado responsável pelo caso, Rômulo Barros, afirmar que vai pedir à Justiça a prorrogação do prazo para as investigações.
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Géssica teve um pulmão e o estômago atingidos por dois tiros. Os sargentos da Polícia Militar, Gleyson Costa de Souza e Cleonizio Marques Vilas Boas, envolvidos no caso, foram presos no dia 2 de dezembro.
Mais de 20 pessoas, entre parentes, policiais e outros envolvidos foram ouvidas na investigação. Foram solicitadas, ainda, perícias e oitivas. Após concluído o inquérito, será enviado ao Judiciário.
Ainda em dezembro, os sargentos tiveram um pedido de soltura negado. Os dois seguem presos no Batalhão Ambiental, em Rio Branco. O julgamento deve acontecer entre o final de janeiro e início de fevereiro.