A Microsoft já não é mais uma das prioridades de seu cofundador Bill Gates. O magnata renunciou ao conselho de administração em março de 2020, investiu parte de sua fortuna em diversas empresas e tornou-se um dos maiores proprietários de terras agrícolas dos Estados Unidos. Tornou-se, também, filantropo em tempo integral, envolvendo-se principalmente em projetos de educação, iniciativas contra as alterações climáticas e promoção da saúde pelo mundo.
— O dinheiro não tem utilidade para mim além de um certo ponto. A sua utilidade reside exclusivamente na construção de uma organização e na entrega de recursos aos mais pobres do mundo — já disse Gates, numa de suas frases mais famosas.
Gates ocupa hoje o sétimo lugar no seleto grupo de bilionários mundiais da Forbes. Aos 68 anos, ele soma um patrimônio de US$ 124,5 bilhões (R$ 617 bilhões) — valor exorbitante que não lhe gera efetivamente uma satisfação, diferentemente do contato com sua família, seus amigos e ações com impacto social positivo, conforme afirmou em diversas entrevistas. Isso explica a decisão do bilionário de deixar menos de 1% de sua riqueza para cada um dos filhos.
Com a sua ex-mulher Melinda French – de quem se divorciou em 2021 após 27 anos de relacionamento –, Gates anunciou que os seus filhos Jennifer (27 anos), Rory (23) e Phoebe (21) herdariam menos de 1% de sua fortuna, precisamente “apenas US$ 10 milhões cada” (equivalente a quase R$ 50 milhões, na cotação atual).
— É um desserviço para as crianças ter enormes somas de riqueza. Isso distorce tudo o que eles podem fazer ao criar seu próprio caminho — explicou Gates em entrevista passada ao This Morning. — Nossos filhos receberão uma ótima educação e algum dinheiro, então nunca serão pobres, mas terão suas próprias carreiras.