Como entender um ser humano que resolve abandonar aquele velho amigo que sempre lhe deu a forma mais sincera de amor? A alegria ao ver o dono chegar em casa, a felicidade a cada carinho na barriga, o êxtase de brincar com uma simples bola? Como entender alguém que diz não a tudo isso e abandona seu animal de estimação sem a mínima condição digna de sobrevivência nas ruas da cidade?
Publicações como estas são recorrentes nas páginas de ONGs de resgate animal/Foto: Facebook
O abandono animal, apesar de crime, ainda é uma realidade nua e crua das ruas de Rio Branco. O número de animais soltos em vias públicas ainda é muito alto, principalmente nos bairros mais afastados do Centro da cidade. Muitas vezes, a decisão precipitada de se criar um cão, gato ou outro pet acaba sendo substituída pela frustração das responsabilidades acarretadas na criação do bichinho, ocasionando o abandono do animal.
O número de animais recolhidos às segundas-feiras foi reduzido em 2% na capital acreana/Foto: reprodução
Com a criação da lei municipal 2.215/16, que penaliza de maneira severa quem abandona animais, houve uma redução no número de casos, mostrando a necessidade de se impor a responsabilidade de cada dono ao assumir os cuidados necessários de cada pet.
De acordo com o médico veterinário Everton Arruda, responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses de Rio Branco (DCZ), o número de animais recolhidos às segundas-feiras foi reduzido em 2% na capital acreana e com a facilitação dos procedimentos de castração esse percentual tende a ser ainda menor no futuro. No entanto, o médico alerta:
“Esse é um resultado que só poderá realmente ser percebido a longo prazo, mas tanto o DCZ, assim como as ONGs de proteção animal, necessitam manter esse importante trabalho de conscientização e resgate de animais abandonados”, pontuou.
A lei municipal 2.215/16 penaliza de maneira severa quem abandona animais/Foto: reprodução
