A projeção de instituições financeiras para a queda da economia este ano piorou mais uma vez e passou de 3,40% para 3,45%. As estimativas fazem parte do boletim Focus, publicação divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2017, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, foi mantida em 0,50%.
Para a inflação, as instituições financeiras projetam queda na maioria dos índices de preços e, no caso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado pelo governo para estabelecer as metas de inflação, a expectativa caiu de 7,62% para 7,57% neste ano.
Selic
Em um cenário de retração da economia, as instituições financeiras não esperam por alteração na taxa básica de juros, a Selic, este ano. A expectativa é que a taxa encerre o período no atual patamar de 14,25% ao ano. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, está marcada para os dias 1o e 2 de março. Para 2017, a mediana das expectativas (desconsiderando os extremos nas projeções) é que a Selic encerre o período em 12,50% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.