4 de junho de 2024

Diretores da Secretaria de Habitação são presos suspeitos de fraudar sorteio de casas

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Diretor Daniel Gomes nega participação na fraude

Cumprindo mandados de prisão preventiva, quatro funcionários da Secretaria de Habitação (Sehab), entre eles, dois diretores, foram presos na nova fase da “Operação Lares”, em Rio Branco, na manhã desta terça-feira (26).

Segundo as investigações, eles são suspeitos de participarem diretamente do esquema que negociava casas populares no estado.

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Entre os presos estão Marcos Huck, diretor social; Daniel Gomes, diretor executivo; Cícera Silva, a servidora que teria entregado todo o esquema, e Rossandra Lima.

A segunda fase desta operação está sendo deflagrada pela Polícia Civil em parceria com o Ministério Público do Acre (MPE).

Uma coletiva de imprensa de imprensa está sendo realizada no auditório da Secretaria de Polícia Civil para falar sobre as prisões. O Secretário da Sehab, Jamil Asfury, também está presente para prestar esclarecimentos.

Daniel Gomes negou participação na fraude do sorteio das casas populares em Rio Branco. De acordo com ele, foi a própria Sehab que denunciou o caso quando descobriu a fraude.
O secretário de Habitação, Jamyl Asfury, afirmou à reportagem da ContilNet que não contesta qualquer decisão judicial e que defende uma investigação total e irrestrita.

“Se for necessário cortar da própria carne , que seja. Estamos aqui para levar essa investigação até as últimas consequências e que os culpados sejam punidos”, disse.

Diretor social Marcos Huck e as servidoras Cícera Silva e Rossandra Lima também foram presos

Entenda o caso

Na primeira fase da “Operação Lares”, realizada no início de abril, a Polícia Civil cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e oito mandados de condução coercitiva em um órgão público e uma empresa privada da cidade. Ninguém chegou a ser preso.

A operação é feita de forma conjunta com o MPE e tem como objetivo desmontar um esquema de fraudes que estaria sendo realizado por um grupo de servidores e corretores que diante do pagamento de valores entre R$ 5 a 30 mil prometiam facilitação na entrega de casas populares.

De acordo com assessoria de Polícia Civil, a investigação teve início há três meses, após denúncia por parte da própria Secretaria de Habitação e também através da denúncia feita por uma mulher, servidora pública, que fazia parte do grupo e resolveu entregar todo o esquema.

De acordo com a denúncia da funcionária, cerca de 30 pessoas chegaram a fazer o repasse de valores e ela, por sua vez, facilitava a documentação com a conivência de outro servidor lotado na Junta Comercial.

Ao todo, o grupo chegou a movimentar pelo menos a quantia de meio milhão de reais. Computadores, notebooks, tablets, celulares e documentos foram apreendidos e 40 pessoas foram ouvidas.

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