O presidente do Departamento de Águas e Saneamento (Depasa), Sebastião Fonseca, cumpre extensa agenda de trabalho em Brasília para angariar recursos para obras na pasta. Uma delas prevê a revitalização de quase metade do Igarapé São Francisco, um dos mais importantes de Rio Branco.
Nesta semana, ele teve uma audiência com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, intermediada pelo senador Márcio Bittar (MDB), para tratar da importância da ação, que vai beneficiar diretamente 60 mil pessoas que interagem com o manancial.
A ideia do Projeto de Despoluição e Revitalização Urbanística e Ambiental do Igarapé São Francisco é tirar todo o lixo e esgoto das águas, plantar mata ciliar, criar um parque no entorno e montar um laboratório de água certificado.
Além disso, o documento prevê a criação de uma recicladora de lixo para coleta seletiva nos 20 bairros banhados pelo São Francisco e atuação frequente de agentes ambientais da comunidade. As obras acontecem em 25 dos 57 quilômetros do manancial.
“É um projeto de largo alcance que prevê um novo olhar sobre o igarapé, com um envolvimento todo ao redor para que ele não volte a ser isso o que é hoje, um lixão a céu aberto”, disse Fonseca.
A ideia vai custar R$ 200 milhões. O projeto está no Ministério do Meio Ambiente, sobre os cuidados da Secretaria Internacional, para captação de recursos. O ministro Ricardo Salles prometeu alocar fundo de 20 milhões de dólares do Banco Mundial.
R$ 30 milhões serão financiados pelo Depasa e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). O senador Márcio Bittar também garantiu que poderá complementar parte do projeto, que tem o apoio de toda a bancada do Acre e do governador Gladson Cameli.
“É uma ação de mega alcance social e de natureza ambiental das mais fortes do Brasil: revitalizar um igarapé que está completamente morto”, justificou o diretor do Depasa.
