Saiba eficácia e segurança de vacinas contra Covid aprovadas no Brasil

Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, os brasileiros agora contam com fórmulas de seis laboratórios para o combate à doença.

O governo distribui as doses de acordo com o público a ser imunizado, e a recomendação é que a população não escolha o fármaco, nem deixe de tomar a injeção por não ser da empresa preferida.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aprovou o registro das vacinas da AstraZeneca/Oxford e da Pfizer/BioNTech, e concedeu o uso emergencial para os imunizantes Coronavac e Janssen.

A Covishield, vacina da AstraZeneca fabricada pela Fiocruz, também recebeu a aprovação emergencial antes do registro.

O órgão regulador autorizou a importação de lotes específicos da vacina indiana Covaxin e da russa Sputnik V, por alguns estados que entraram com pedido.

A solicitação de uso emergencial da vacina chinesa CanSino ainda está em análise, aguardando informações complementares.

Todas as fórmulas aprovadas até o momento cumprem as recomendações de segurança e efetividade descritas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Saiba mais sobre cada uma delas:

Aprovadas com registro

Oxford/AstraZeneca
Entre as vacinas com registro, a mais aplicada no país até o momento é a da AstraZeneca. O imunizante é administrado com intervalo de 4 a 12 semanas entre as duas doses, e está aprovado para adultos com mais de 18 anos, exceto para gestantes.

A eficácia da fórmula é de 85% a 95%, de acordo com pesquisa do “mundo real”, feita pelo governo do Reino Unido. A vacina é considerada segura pela Anvisa e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Há relatos de formação de coágulos sanguíneos em alguns pacientes que tomaram o imunizante, mas esses casos são extremamente raros – a ocorrência do problema entre vacinados é mais baixa do que entre fumantes ou mulheres que tomam anticoncepcional.

Segundo estudos feitos no Reino Unido, o produto desenvolvido pela Oxford/AstraZeneca é eficaz contra variantes.

Pfizer/BioNTech
A vacina da Pfizer, que começou a ser entregue em maio de 2021, em lotes semanais, tem eficácia de 97% contra casos sintomáticos da doença, e pode ser administrada em pessoas a partir de 12 anos e em gestantes. O esquema completo são duas doses, com intervalo maior do que 21 dias – no Brasil, o governo estabeleceu um período de três meses entre as aplicações.

Nos Estados Unidos, houve pacientes que apresentaram choque anafilático desencadeado por reação alérgica a ingredientes da vacina, nas primeiras aplicações. A recomendação é que alérgicos consultem a bula e avaliem, com o médico de confiança, se vale a pena, ou não, tomar. Segundo a Anvisa, a bula do medicamento deve indicar que o paciente espere 15 minutos no local de aplicação, para descartar o risco da reação.

Nas últimas semanas, casos de miocardite leve, uma inflamação no tecido do coração, tem chamado a atenção das autoridades dos EUA e de Israel – países que aplicaram, predominantemente, a vacina da Pfizer.

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (14/6), a OMS anunciou que investiga o caso e ressaltou que ainda não é possível correlacionar esse quadro clínico com o uso do imunizante, ou se é uma ocorrência dentro dos níveis já esperados entre a população.

Segundo estudos feitos no Reino Unido, a vacina da Pfizer é eficaz contra a variante indiana.

Uso emergencial

Coronavac
Já entre as vacinas aprovadas para uso emergencial, a que mais foi aplicada no Brasil, até o momento, é a Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan, em São Paulo. São duas doses, aplicadas com um intervalo de duas a quatro semanas. O imunizante é autorizado para a população na faixa etária a partir dos 18 anos.

Na pesquisa conduzida pelo Butantan na cidade de Serrana, a vacina se mostrou 80% eficaz contra casos sintomáticos, preveniu que pacientes fossem hospitalizados em 86% das vezes e evitou a morte em 95% das situações.

Estudos mais recentes apontam para uma queda na eficácia para idosos com mais de 80 anos, e a necessidade de uma terceira dose está sendo avaliada.

Janssen (ou Johnson & Johnson)
vacina da Janssen, que ainda não começou a ser aplicada em território nacional e deve chegar nos próximos dias, é o único imunizante aprovado que só precisa de uma dose. A eficácia é de 85,4% para casos graves, de acordo com resultados publicados no New England Journal of Medicine.

Os efeitos colaterais são leves, e não há registros de reações alérgicas graves após a aplicação. De acordo com o governo americano, foram registrados apenas casos de urticária depois da administração da vacina. No estudo clínico, que envolveu 40 mil pacientes ao redor do mundo, nenhum imunizado morreu de Covid-19.

Aprovadas para importação

Covaxin
A Anvisa aprovou, no começo de junho, a importação de lotes específicos das vacinas Covaxin e Sputnik V, por alguns estados que entraram com processo junto à agência. As duas fórmulas podem ser aplicadas, mas sob condições controladas.

A Covaxin, por exemplo, só pode ser administrada em pessoas entre 18 e 60 anos, e está proibida para gestantes, puérperas, lactantes e indivíduos com comorbidades. São duas doses, com intervalo de 28 dias, e a eficácia geral é de 78%.

Sputnik V
A vacina russa Sputnik V só pode ser administrada nos mesmos grupos que a Covaxin, em duas doses a serem aplicadas com intervalo de 21 dias. Segundo um estudo feito no Bahrein e divulgado pelo Fundo Russo de Investimento Direto, responsável pelo imunizante, a eficácia da fórmula é de 94,3%. De acordo com pesquisa publicada em fevereiro pela revista The Lancet, a vacina atingiu eficácia de 91,6%.

Em análise

CanSino
A Anvisa ainda está analisando o pedido de uso emergencial da vacina da CanSino, que foi protocolado em 19 de maio. O processo está pausado, aguardando a entrega de informações complementares. O imunizante chinês tem apenas uma dose, e eficácia de 65,7% contra todos os casos sintomáticos e 90% para quadros graves.

Saiba como as vacinas contra Covid-19 atuam:

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Arte / Tecnologia de vacinas

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