Paralimpíadas 2020: veja as principais chances de medalha do Brasil

Se o Brasil ainda não é uma potência olímpica, nas Paralimpíadas o cenário é diferente. A delegação ficou entre as 10 primeiras do quadro de medalhas nas últimas três edições do evento e tem totais condições de repetir o feito em Tóquio, no evento que tem início na terça-feira, dia 24 de agosto. O ge traz quais são as principais esperanças de pódio do país.

O SporTV transmite ao vivo cerca de 100 horas de eventos dos Jogos Paralímpicos, e o ge acompanha toda a competição em tempo real. A cerimônia de abertura na próxima terça-feira, às 8h (de Brasília).

ATLETISMO

 

Petrúcio Ferreira é o recordista dos 100m classe T47 — Foto: Daniel Zappe/CPB/Exemplus

Petrúcio Ferreira é o recordista dos 100m classe T47 — Foto: Daniel Zappe/CPB/Exemplus

No último Campeonato Mundial da modalidade, em 2019, o Brasil ficou em segundo lugar no quadro de medalhas, o que faz com que o país sonhe com muitas medalhas em Tóquio. Os principais favoritos ao pódio são Petrucio Ferreira, nos 100m e 400m da classe T47, Beth Gomes, na categoria F52/F53 no lançamento de disco, e Rayane Soares, nos 100m e 400m da classe T13.

Além do trio, o país chega com campeões mundiais como Julio Cesar Agripino, nos 1500m da classe T11, Thiago Paulino, do arremesso do peso F57, Daniel Martins, dos 400m rasos na T20, Claudiney Baptista e Cicero Valdiran do lançamento de dardo F56/57, Jerusa Jeber, dos 100m da T11, Alessandro Rodrigo, do lançamento de disco F11, Thalita Simplício dos 400m rasos na T11, João Victor Teixeira, lançamento do disco F37 e Lucas Prado nos 100m rasos T11.

Na última edição das Paralimpíadas, o atletismo ganhou oito ouros, 14 pratas e 11 bronzes, somando 33 medalhas. A expectativa é que o país conquiste um resultado superior a isso, e as chances são boas.

NATAÇÃO

 

Carolina Santiago é favorita na natação — Foto: Ale Cabral/CPB

Carolina Santiago é favorita na natação — Foto: Ale Cabral/CPB

A natação nacional tem um histórico de medalhas muito grande e, para Tóquio, apesar de algumas questionáveis mudanças nos critérios de classificação funcional de diversos atletas, o país deve sim se destacar bastante.

Carol Santiago, campeã mundial dos 50m e 100m livre na categoria S12, Wendell Belarmino, ouro no Mundial nos 50m livre na S11, e Gabriel Bandeira, atleta que conseguiu excelentes resultados no Circuito Mundial esse ano na classe S14, são as principais esperanças do país.

Nomes como Edênia Garcia(S3), Joana Neves(S5), Phelipe Rodrigues(S10) e Cecília Araujo(S8) também chegam com grandes possibilidades. A competição marca a despedida de Daniel Dias que, prejudicado por algumas mudanças na classificação funcional de alguns atletas, até tem chance de pódio, mas não deve colecionar medalhas como foi nas últimas edições.

Na última edição das Paralimpíadas, a natação conquistou quatro ouros, sete pratas e oito bronzes, em um total de 19 pódios. Superar os quatro títulos é bem possível, mas passar de 19 medalhas, principalmente depois de todas as alterações nas regras, é uma meta bem complicada de ser batida.

JUDÔ

 

Alana Maldonado é esperança no judô — Foto: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB

Alana Maldonado é esperança no judô — Foto: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB

O judô é uma tradicional fonte de medalhas para o Brasil, na última edição, por exemplo, foram quatro pratas. Em Tóquio, o país vai competir com oito atletas.

A principal esperança é Alana Maldonado, campeã mundial em 2018 da categoria até 70kg e vice-campeã na Rio 2016. Antônio Tenórioaos 50 anos, participa de sua sétima paralimpíada em busca da sétima medalha, mas ainda se recupera de problemas graves em decorrência da Covid-19. Ainda há boas chances com Lucia Teixeira, que foi ao pódio nas duas últimas Paralimpíadas na categoria até 57kg.

FUTEBOL DE 5

 

seleção de futebol de 5 é favorita — Foto: André Durão

seleção de futebol de 5 é favorita — Foto: André Durão

A seleção brasileira de futebol de 5 busca a quinta medalha de ouro seguida na história das Paralimpíadas. Campeã de forma invicta em 2004, 2008, 2012 e 2016, o time tenta o penta e tem, como destaques, Ricardinho e Jeffinho. No Mundial de 2018, o time foi campeão após vencer a Argentina na final por 2 a 0.

BOCHA

Evelyn Oliveira é atleta da bocha  — Foto: Divulgação/CPB

Evelyn Oliveira é atleta da bocha — Foto: Divulgação/CPB

Terceira modalidade que mais medalhas de ouro trouxe para o Brasil na história das Paralimpíadas, a bocha chega novamente com boas chances de pódio. Os principais favoritos são Marcelo e Eliseu Santos, na classe CB4, esse último com cinco medalhas na carreira. Evelyn Oliveira, porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, também é uma das principais esperanças do país. Maciel Santos é o atleta mais experiente da delegação da bocha, após conquista o ouro em Londres 2012, ele busca a segunda medalha paralímpica.

PARATAEKWONDO

 

Débora Menezes é campeã mundial de parataekwondo — Foto: Daniel Zappe/EXEMPLUS/CPB

Débora Menezes é campeã mundial de parataekwondo — Foto: Daniel Zappe/EXEMPLUS/CPB

O esporte faz sua estreia nas Paralimpíadas, e o Brasil chega com boas chances de medalha. Debora Menezes, da categoria acima de 58kg, foi campeã mundial em 2018. O problema é que ela, com apenas 75kg, poderá competir contra atletas de até 100kg. Mas, apesar disso, ela está entre as favoritas ao pódio.

CICLISMO

 

Lauro Chaman tem ótimas chances no ciclismo — Foto: Ale Cabral/CPB

Lauro Chaman tem ótimas chances no ciclismo — Foto: Ale Cabral/CPB

Medalhista paralímpico na Rio 2016, Lauro Chaman chega como principal nome do ciclismo brasileiro para as paralimpíadas. Ele foi campeão mundial da classe C5, em competição disputada em junho deste ano, na prova de resistência, além de ter ido ao pódio também no contra-relógio. Tem duas boas chances de pódio no Japão.

HIPISMO

 

Rodolpho Riskalla tem chance de medalha no hipismo — Foto: Luis Ruas - Divulgação CBH

Rodolpho Riskalla tem chance de medalha no hipismo — Foto: Luis Ruas – Divulgação CBH

Rodolfo Riskalla é o principal nome do Brasil na atualidade, compete na categoria III, tem conquistado títulos importantes e chega como um dos principais candidatos ao pódio. Outro nome é Sérgio Oliva, dono de duas medalhas paralímpicas, e que pode conquistar bons resultados tanto no individual como na prova por equipes, com Rodolfo.

GOALBALL

 

Leomon é destaque brasileiro do goalball — Foto: Washington Alves/MPIX/CPB

Leomon é destaque brasileiro do goalball — Foto: Washington Alves/MPIX/CPB

Único esporte exclusivo para atletas com deficiência, o goalball tem tradição no Brasil, com uma prata e um bronze conquistados em Londres 2012 e Rio 2016 respectivamente. O time masculino é o atual bicampeão mundial (2014 e 18), enquanto a equipe feminina foi bronze em 2018. Os dois times chegam como favoritos ao pódio.

HALTEROFILISMO

 

Mariana D’Andrea tem boas chances de medalha — Foto: Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB

Mariana D’Andrea tem boas chances de medalha — Foto: Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB

O Brasil está em Tóquio com sete atletas, com destaque para Mariana D’Andrea, que esse ano bateu recorde das Américas e ganhou uma etapa da Copa do Mundo na categoria até 61kg, e Evanio da Silva, que na Rio 2016 conquistou a primeira medalha da história do país na modalidade, e disputará o peso até 88kg.

TÊNIS DE MESA

 

Bruna Alexandre é destaque no tênis de mesa — Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB

Bruna Alexandre é destaque no tênis de mesa — Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB

O tênis de mesa conquistou, em 2018, uma medalha no Campeonato Mundial, a prata com Catia Oliveira na categoria 1-2. O time em Tóquio ainda tem nomes como Israel Stroh e Bruna Alexandre, que foram medalhistas na Rio 2016, e Welder Knaf, que foi ao pódio em Pequim 2008. A expectativa é que o país mantenha a tradição recente de ir ao pódio nas Paralimpíadas, principalmente nas provas por equipes.

PARACANOAGEM

 

 Caio Ribeiro é uma das esperanças na canoagem — Foto: Helena Rebello

Caio Ribeiro é uma das esperanças na canoagem — Foto: Helena Rebello

O Brasil está em Tóquio com sete atletas nesta modalidade em que o país cresceu muito nos últimos anos. Os favoritos ao pódio são Caio Ribeiro, no VL3, e Fernando Rufino, no KL2. Luis Carlos Cardoso, no VL2, também tem ótimas chances. Debora Benevides, que levou a medalha de prata na VL2 200m na Copa do Mundo da Hungria, também está entre os destaques.

VÔLEI SENTADO

 

Seleção brasileira masculina de vôlei sentado — Foto: Alê Cabral/CPB

Seleção brasileira masculina de vôlei sentado — Foto: Alê Cabral/CPB

A equipe feminino, bronze na Rio 2016 e terceiro no ranking mundial, não foi ao pódio no Mundial de 2018, mas chega com ótimas chances de repetir o feito de cinco anos atrás. A seleção masculina de vôlei sentado do Brasil também chega como uma das favoritas a medalha. O time foi bronze no Campeonato Mundial de 2018 e ficou em quarto lugar nas Paralimpíadas do Rio.

ESGRIMA EM CADEIRA DE RODAS

 

Jovane Guissone da esgrima — Foto: Alaor Filho/MPIX/CPB

Jovane Guissone da esgrima — Foto: Alaor Filho/MPIX/CPB

Jovane Guissoni, do florete, é a grande esperança de pódio do Brasil. Medalha de ouro nos Jogos de Londres 2012, é presença no pódio em várias etapas da Copa do Mundo e tem tudo para, mais uma vez, ficar entre os primeiros colocados.

OUTROS ESPORTES

 

remo paralímpico Michel Gomes e Josiane Lima Varese — Foto: Igor Meijer / Fisa

remo paralímpico Michel Gomes e Josiane Lima Varese — Foto: Igor Meijer / Fisa

Tiro com arco, tiro esportivo, paratriatlo, tênis em cadeira de rodas, parabadminton e remo são modalidades em que o Brasil não é exatamente favorito para a medalha. Mas, destes esportes, pode pintar uma boa e agradável surpresa, principalmente no remo, em que o país tem feito barcos finalistas em várias categorias nos últimos Campeonatos Mundiais. Ou mesmo no parabadminton, modalidade estreante, em que Vitor Tavares é quinto colocado do ranking mundial na classe SS6.

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