Embrapa lança programa de inovação aberta em mandioca

Está aberta até 1º de novembro a chamada pública do Programa de Inovação Aberta em Mandioca (MandInova) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Podem enviar propostas empresas, instituições e demais agentes do setor produtivo que tenham interesse em desenvolver soluções tecnológicas e produtos com foco na cultura da mandioca em conjunto com a equipe da Embrapa, por meio dos mecanismos de inovação aberta previstos no Marco Regulatório de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).

O MandInova é uma oportunidade inédita para o desenvolvimento de projetos de inovação aberta com empresas vinculadas à cadeia produtiva da mandioca. “Essa raiz tipicamente brasileira é cultivada em todas as regiões, fazendo parte da identidade cultural do brasileiro. Além disso, tem um valor anual de produção de cerca de 10 bilhões de reais e uma presença marcante no setor industrial alimentício. Por esses motivos, diversos centros de pesquisa da Embrapa se uniram em torno do MandInova. O grande objetivo é incentivar empresas privadas a apresentarem suas ideias para novas tecnologias e desenvolvê-las em conjunto com os melhores cientistas que trabalham com mandioca”, explica o pesquisador Francisco Laranjeira, chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Mandioca e Fruticultura.

Acre

Os temas de interesse, no Acre, têm foco no desenvolvimento e aplicação de novos pigmentos naturais para colorir mandioca e seus produtos; desenvolvimento de métodos para detectar fraude em mandioca e seus produtos; aplicação de compostos naturais para elevar o valor nutricional e de antioxidantes em mandioca e seus produtos e inovações tecnológicas em boas práticas de pós-colheita de mandioca e de fabricação de farinha por meio do uso de radiação ultravioleta.

Pela primeira vez a unidade da Embrapa no Acre promove um edital de inovação aberta com o objetivo de atrair agentes do setor privado. “A ideia é que possamos estar cada vez mais próximos da sociedade para desenvolver produtos em conjunto, focados na demanda dos consumidores”, afirma a chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Acre, Jana Saito.

Estão disponíveis três modalidades de parcerias: de médio e grande porte, de micro e pequeno porte e para Inovação Social. O edital não pretende selecionar projetos prontos, mas propostas a serem desenvolvidas pelos proponentes em conjunto com alguma das seguintes Unidades de pesquisa: Embrapa Acre (AC), Embrapa Agroindústria Tropical (CE), Embrapa Alimentos e Territórios (AL), Embrapa Amazônia Oriental (PA), Embrapa Cocais (MA), Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA), Embrapa Semiárido (PE) e Embrapa Tabuleiros Costeiros (SE).

As propostas vão ser selecionadas por um comitê específico e analisadas quanto ao potencial de alcance, relevância e impacto da inovação proposta. Quanto aos recursos, Laranjeira salienta que não são recursos diretos, uma vez que a Embrapa não transfere recursos para parceiros: “São recursos para a Embrapa financiar o próprio trabalho naquele projeto”.

A data-limite para submissão de propostas é 1º de novembro de 2021. Confira as modalidades, requisitos e contrapartidas no edital disponível em https://bit.ly/3BeUy2K Mais informações devem ser solicitadas ao e-mail [email protected]

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