O que se sabe até agora sobre o caso do jovem que teve a barriga cortada em praia do ES

O caso do jovem de 20 anos que teve a barriga cortada na Praia do Ermitão, em Guarapari, no Espírito Santo, tem ganhado as redes sociais com boatos e suposições sobre o que teria acontecido na noite do dia 16 de janeiro.

Nesta reportagem você confere todas as informações disponibilizadas até o momento sobre o caso pelas forças policiais e pelas famílias dos envolvidos.

O rapaz permanece internado em um hospital particular e, a pedido das famílias, os nomes do jovem e da namorada, que estava junto com ele no dia do fato, não serão revelados.

PM encontra mochila e parte de órgão na areia

O comandante do batalhão da Polícia Militar que cobre a região de Guarapari contou que a corporação recebeu a informação na madrugada do dia 16.

Uma equipe foi até o local, onde foram encontradas partes de um órgão que seria do rapaz, uma bolsa que foi entregue na delegacia, e também cacos de vidro. Não foram encontradas drogas no local.

Mochila, cacos de vidro e pedaços de órgão foram achados — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Mochila, cacos de vidro e pedaços de órgão foram achados — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Durante a manhã, a PM soube que o rapaz ferido já havia sido socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória, onde deu entrada por volta das 7h30 do dia 16. Posteriormente ele foi transferido para um hospital particular.

Segundo o o boletim de ocorrência registrado pela PM, era possível ver parte do intestino do jovem exposto no corte.

Jovens faziam despedida e foram vítimas de ataque, diz advogado

O advogado contratado pela família do rapaz e de sua namorada, Lécio Machado, disse que o casal fazia um luau na Praia do Ermitão quando foi vítima de um ataque praticado por terceiros.

O casal, que mantém um relacionamento há cerca de um ano, estava no local para comemorar uma viagem de estudos que o rapaz faria para o exterior.

O advogado dos jovens contou que eles chegaram à Praia do Ermitão entre 20h30 e 21h30 e que acessaram o local por meio das pedras à beira-mar. Eles teriam ouvido música, bebido vinho, entrado no mar e usado a droga. Um vídeo que a reportagem teve acesso mostra o momento em que o casal chega à praia.

Para ver o vídeo CLIQUE AQUI.

O advogado confirmou a veracidade de uma imagem que circula nas redes sociais que mostra o estudante falando em um grupo sobre o ataque.

“É óbvio que todas essas histórias são mentira. O que houve foi uma tentativa de latrocínio. Machucaram a menina que estava comigo e também me feriram muito no rosto e me cortaram o abdômen”, diz parte da mensagem. 

Advogado confirmou a veracidade de uma imagem que circula nas redes social e mostra o estudante falando em um grupo sobre o ataque — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Advogado confirmou a veracidade de uma imagem que circula nas redes social e mostra o estudante falando em um grupo sobre o ataque — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Namorada diz que ambos ‘apagaram’ após uso de droga

Em depoimento à Polícia Civil, a jovem contou que o casal usou drogas e álcool no local. Segundo ela, os dois “apagaram” depois de usar os entorpecentes.

Ela confirmou que os fatos aconteceram na praia e que ela pediu ajuda aos vigias do parque no qual a praia é localizada por volta das 2h. Outro vídeo que a reportagem teve acesso mostra o jovem sendo resgatado já ferido, na manhã do dia 16.

Para ver o vídeo CLIQUE AQUI.

Os dois teriam utilizado “quadradinho de papel”, expressão usada para se referir à droga LSD, por causa de seu formato.

Perguntas ainda sem respostas

Ao longo da semana foram enviados questionamentos para a Polícia Civil do Espírito Santo para esclarecimentos a respeito do caso. Até a publicação desta reportagem as seguintes dúvidas ainda não foram respondidas.

  • A Polícia Militar afirmou que foram encontrados cacos de vidro e vísceras. Quando o material foi enviado para perícia?
  • A família diz que o rapaz e a moça foram vítimas de ação criminosa e violenta. Qual teria que ser a atitude imediata da polícia já no dia 16?
  • As famílias procuraram a polícia em algum momento?
  • Qual a linha de investigação da polícia?
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