Após conflitos com Gladson, Bittar diz que não tomará decisões sozinho: “Vou dar um tempo”

Em entrevista concedida ao ContilNet na tarde desta quinta-feira (21), o senador Marcio Bittar (União Brasil) se posicionou a respeito decisão do governador Gladson Cameli de exonerar o ex-secretário de Produção e Agronegócio do Estado (Sepa), Nenê Junqueira – indicado pelo relator do orçamento para o cargo. O político também falou sobre sua relação com o chefe do executivo acreano e disse que está casado das tentativas de algumas lideranças de acabar com a sua relação com o governador.

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Marcio disse que não foi informado antecipadamente sobre a exoneração de Junqueira e também não entende por qual motivo Cameli retirou o novo gestor da Sepa, Edivan Maciel, do Partido Liberal (PL) – pelo qual o médico veterinário iria disputar uma vaga na Câmara Federal.

“Embora me esforce para ajudar o governo, contribuir de todas formas, destinando emendas, cuidando com muito carinho das relações entre o Estado e o Planalto, as coisas acontecem dessa forma. Não fui informado sobre a exoneração do Nenê e não sei por qual motivo o Edivan foi retirado do projeto de sua pré-candidatura – pelo partido do presidente Jair Bolsonaro, que muito tem nos ajudado – para assumir a pasta. Eu estou cansado disso”, destacou.

“Essa questão não é um assunto isolado, mas vem de algum tempo. Eu não sei diretamente se o Gladson não me quer no governo, mas é notório que existem muitas pessoas na sua gestão tentando me colocar como inimigo do governador. Já especularam até que estou por trás dessa operação [referindo-se à Ptolomeu]. Coisas descabidas. Estou esgotado, cansado e triste com tudo isso”, acrescentou.

Marcio disse que segue com sua missão de ajudar o Acre e afirmou que não tomará nenhuma decisão precipitada sobre o que defende desde o início da campanha de Gladson.

“Eu sou fiel ao que digo e honesto em relação ao que defendo. Desde o início, quando subi no palanque do Gladson e o ajudei, disse que eu seria parceiro desse governo, ajudaria até o fim e só não mais o apoiaria se ele não quisesse. Foi assim no início e será assim agora. Não tiro uma vírgula do meu pronunciamento, mas quero um tempo para discutir com o meu grupo. Não tomo nenhuma decisão sozinho e não vou me comportar como menino birrento. Não quero conversar com ele [Gladson] agora, mas vou refletir com o grupo sobre o futuro do nosso projeto”, finalizou.

Ao final da entrevista, Bittar garantiu que não “empurrou nenhum nome de goela abaixo para compor o governo e/ou a chapa majoritária”.

“O que sempre fiz e faço é defender a unidade. Jamais impus o nome de A ou B. Não foi assim com a Marcia [Bittar], também não foi com o Nenê e não será com ninguém. Se não me querem no governo, que digam”, concluiu.

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