ExpoAcre será aberta neste sábado como a maior feira de negócios da história do Estado

Quem os ver, para cima e para baixo, pilotando quadriciclos, diria, à primeira vista, que eles têm o melhor emprego do mundo ou que são dois adultos se divertindo enquanto trabalham. Na verdade, não é nem uma coisa nem outra: os dois homens que circulam no parque de Exposições “Wildy Viana”, em Rio Branco, Dudé Lima e Júlio César Farias, são uma mistura de executivos e trabalhadores braçais que organizam a Expoacre, a feira de negócios local que será reaberta depois de três anos de atividades suspensas por causa da pandemia do coronavírus, no período de 30 de julho (neste sábado) a sete de agosto. Os quadriciclos são meios de transportes fundamentais para quem tem a obrigação de checar cada detalhe daquilo que deverá ser o maior evento de negócios do Acre em todos os tempos.

Júlio César e Dudé Lima são os encarregados finais da organização do evento/Foto: ContilNet

Júlio César e Dudé Lima são os encarregados finais da organização do evento, que começa no Gabinete Civil do Governo do Estado, cujo coordenador geral é o secretário da Casa Civil, Jonhatan Donadoni. “É claro que todo o Governo está aqui dentro, incluindo a Secretaria de Saúde, a área que cuida do Agronegócio e até mesmo a Secretaria de Segurança Pública”, diz Dudé Lima, remanescente dos governos do PT que, em 20 anos de governos petistas, coordenou pelo menos 17 feiras agropecuárias. 

Foi sua experiência na área que levou o governador Gladson Cameli a convidá-lo para ajudar na coordenação do evento e assim vai para sua 17ª Feira, a primeira fora dos padrões do petismo.

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“Esta será a maior feira de negócios da história do Acre porque o atual Governo buscou as melhores parcerias, com instituições e a iniciativa privada”, diz o experiente assessor. 

Júlio César Farias está na sua primeira feira. “As pessoas podem até pensar que a gente brinca, mas estão enganadas. Há três meses, trabalhamos aqui, de segunda a segunda, pelo menos 12 horas por dia. Para deixarmos tudo como exige a coordenação do Governo para melhor atender a seus parceiros da iniciativa privada”, disse Júlio César. 

Tanto trabalho e dedicação ao local são exigidos porque, depois de três anos sem a realização do evento, o Parque de Exposições parecia abandonado, com sua infraestrutura deteriorada. “Até fios elétricos, os vândalos ou ladrões mesmos levaram daqui. Tudo teve que ser refeito”, disse Dudé Lima. A diferença é que, a partir do evento deste ano, o parque não mais será abandonado. O Gefron (Grupo Especial de Fronteira), órgão da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp), que reúne policiais civis e militares e que trabalham em conjunto com as polícias Federal e Rodoviária Federal, terá uma delegacia permanente no local. “O coronel Paulo César, secretário de Segurança, vai despachar daqui durante toda Feira e, após isso, uma equipe do Gefron ficará dentro do Parque a fim de que bandidos não voltem a atacar as instalações”, disse Lima.

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Além da Secretaria de Segurança e o Gabinete Civil, os órgãos governamentais com atividades permanentes na realização da Feira são a Sedur (Secretaria de Desenvolvimento Urbano), Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), Deracre (Departamento de Estradas e Rodagens do Acre), Secretaria de Comunicação e Fundação “Elias Mansour” (FEM). Aliás, é graças à participação da FEM no evento que, em nove noites, será possível a realização de 54 shows com artistas regionais, em dois palcos – 27 em cada um. Além disso, há, ainda, as atrações nacionais em shows que incluem os cantores João Gomes e Wesley Safadão, fenômenos da nova música popular brasileira. 

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Equipe organizadora do evento com o governador Gladson Cameli/Foto: Reprodução

Todos os shows nacionais serão apresentados na Arena Amilton Brito, cujo nome é uma homenagem ao empresário da área de entretenimento morto no passado em consequência do coronavírus. O espaço tem capacidade para receber até 50 mil pessoas por show. 

A propósito, para cada noite do evento são esperadas a média de 35 mil pessoas. Multiplicado por nove noites, o número se aproxima de quase a metade da população do Acre como o total de público esperado. Um público que vai rever, além de shows locais e nacionais, a tradicional vaquejada, torneios de motocross, leilões e rodeios – o que há de mais típico em eventos desta natureza. Vai conhecer também novidades como o Torneio Expoacre de Beach Tennis, uma espécie de “ping pong” com os atletas jogando na areia.

Na área pública, a grande novidade fica por conta de um trabalho de engenharia que será exposto pelo Deracre: um tipo de ponte de alvenaria e concreto armado através das quais o órgão pretende revolucionar a área rural do Acre. “Vamos substituir as pequenas pontes de madeira por essas a fim de garantir o escoamento da produção dos produtores, grandes e pequenos. Esta vai ser a nossa contribuição na Feira”, disse o diretor do Deracre, Petrônio Antunes.

O valor dos negócios envolvidos na Expoacre deste ano são estimados na casa de R$ 200 milhões. “Pensamos grande porque há muito tempo a  Expoacre deixou de ser apenas um arraial. É uma Feira de Negócios gigantesca e a deste ano será a maior de todos os tempos”, afirmou Dudé Lima. 

Ali são esperados mais de 400 expositores, entre grandes empresas, indústrias e ambulantes. Tudo focado no Agronegócio como aceno de que, no período pós-pandemia, este é o destino do Acre e de seu povo.

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