Capitão da França se recusa a usar braçadeira pró-LGBTQIA+ no Catar

O goleiro do Tottenham e da seleção francesa, Hugo Lloris, foi perguntado em entrevista coletiva antes do embarque da delegação rumo ao Catar sobre a iniciativa das seleções europeias utilizarem as cores do arco íris na braçadeira de capitão, em apoio a comunidade LGBTQIA+, que é criminalizada no país.

Em sua resposta, o arqueiro deixou claro que não vai aderir ao movimento.

O posicionamento do goleiro vai de encontro com a orientação feita por Noël Le Graët, presidente da Federação Francesa de Futebol, para que ele não fizesse o uso da braçadeira com as cores do arco íris.

Em sua fala, o goleiro alegou respeito ao país sede da Copa do Mundo 2022.

“Em primeiro lugar, antes de fazer qualquer coisa, precisamos que a Fifa e a FFF (Federação Francesa de Futebol) concordem com isso. Claro, tenho minha própria opinião pessoal, e ela coincide um pouco com a do presidente. Na França, quando recebemos estrangeiros, muitas vezes os queremos respeitando nossas regras e respeitando nossa cultura. E farei o mesmo quando for ao Catar. Quer eu concorde ou não com as ideias deles, tenho que mostrar respeito em relação a isso”, apontou.

Na última data Fifa em que a França jogou, Lloris não esteve em campo por conta de uma lesão. Na ocasião, o zagueiro Varane usou a braçadeira com as cores em apoio à comunidade LGBTQIA+. Recentemente, o embaixador da Copa, Khalid Salman, classificou a homossexualidade como um “dano mental”.

A França está no grupo D, com Dinamarca, Tunísia e Austrália. A seleção francesa estreia dia 22 de novembro contra a Austrália no estádio Al Janoub, às 16h.

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