Cozinheira do QG bolsonarista no Acre diz que polícia “chegou de surpresa”

Gabriela, a cozinheira do acampamento bolsonarista em Rio Branco, em frente ao 4º Batalhão de Infantaria e Selva (BIS), no bairro Bosque, em entrevista ao ContilNet falou sobre o momento em que a polícia chegou no QG e conduziu para a Polícia Federal alguns dos manifestantes em um ônibus da Polícia Militar.

De acordo com a cozinheira, ainda neste domingo (8), algumas pessoas do acampamento teriam visto que, por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as forças de segurança pública iriam nos QGs e levariam algumas pessoas presas.

Gabriela é cozinheira do QG bolsonarista em frente ao 4º BIS em Rio Branco. Foto: Reprodução

“Infelizmente, a gente não estava agredindo ninguém, estávamos defendendo nosso direito, inclusive, nossos colegas foram presos. Eu não estava no momento em que a polícia chegou, mas ninguém comentou, eles chegaram de surpresa. Nós não imaginávamos que isso aconteceria, nós não sabíamos de nada, não imaginamos que eles fariam isso”, disse Gabriela.

No início da tarde desta segunda-feira (9), manifestantes foram conduzidos para a sede da Polícia Federal em Rio Branco em um ônibus da Polícia Militar.

“Estamos aqui há 72 dias e nesse processo as pessoas quando podiam, uns vinham de manhã, outros à tarde, e quem podia vir todos os horários, vinha. A maioria aqui são pessoas microempreendedoras. Estamos aqui a favor da nossa liberdade”, explica.

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Financiamento

Nas redes sociais, circulam boatos de que os acampamentos estavam sendo financiados por empresários de cada cidade. No Acre, os boatos não são diferentes. Segundo Gabriela, isso não é verdade. “O povo que está aqui, que vinham visitar, cada um contribui com o que podia, com R$2,00, R$50,00 ou R$20,00. Não tem financiador nenhum”, diz. De acordo com a cozinheira, toda comida era financiada pelos próprios manifestantes.

“Todo mundo está perdendo o poder”

Para Gabriela, a situação é triste, visto que todos os cidadãos brasileiros poderiam se apoiar. “É triste, né? Muito triste. A gente podia todo mundo se apoiar mas, infelizmente, todo mundo está perdendo o poder, né? Estamos parecendo aqueles ratos, infelizmente uns são a favor outros são contras então nós não sabemos o que fazer. Nós vamos aguardar para ver o que vai acontecer”.

Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes e a ação das forças de segurança pública, os manifestantes ainda não sabem como vão prosseguir nos próximos dias.

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