Alaíde Chaves Pinheiro da Silva, também chamada de Rainha do Macauã, nasceu no dia 11 de março de 1939, em Sena Madureira, uma das muitas cidades que encantou com seu dote musical. Faleceu no final de 2011, aos 74 anos.
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Macauã é o nome do rio próximo ao Seringal Esperança, onde Alaíde cresceu, em uma Sena Madureira muito recente. O pai além de seringueiro era tocador, isto é, músico, e por consequência a família toda desenvolveu o hábito de tocar e cantar. No livro ‘Brava Gente Acreana’, ela relembrou a paixão pela sanfona.
“Meu pai era tocador, meus irmãos, meus tios, minhas tias, até as mulheres tocavam. Eu comecei a tocar, mas foi o tempo que eu me casei e abandonei a sanfona. Mas ainda hoje eu canto nas festas, em Rio Branco, Xapuri, Brasileia, aqui em Sena Madureira, no parque, nas festas dos idosos, pois eles me procuram muito.”
“A gente não tinha uma situação financeira muito boa, mas só a saúde, a alegria, já valia a pena, pois a gente mariscava, matava veado, matava paca, mariscava de tarrafa, eu mergulhava mais o meu povo, e a nossa vida era boa”, contava Alaíde, muito conhecida pelos seringais acreanos, os quais ela, o pai e os irmãos encantaram com as canções.
O xote pelo qual ela era sempre lembrada pela população acreana era o ‘Maconheiro’, composição de Antônio Marazona, que se tornou especial na voz e pessoa de Alaíde Pinheiro. “Esse xote é do Antônio Marazona, mas quando ele fez essa música, com um mês ele deixou de cantar, partiu para ser evangélico. Aí o pessoal ri, porque eu digo que aí eu tomei de conta. O pessoal pensa que é meu”, explicou ela em entrevista.
Além de cantora, Alaíde também passou muito tempo costurando, sendo parteira, cabeleireira, mas principalmente, dedicando-se a criar seus sete filhos: Antônio Carlos, José Carlos, Wania Maria, Francisco Carlos, Franklin, Sandra Maria e Silvania Maria.
A Rainha do Macauã, que alegrou Sena Madureira e muitas outras cidades. Alaíde faleceu em 2011, na capital acreana. Em sua ida, deixou saudade a muitos familiares e admiradores, mas também deixou boas memórias, das caças nos seringais, das vivências em Sena Madureira e, principalmente, da cantoria pelo estado acreano.
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Com informações da obra “Brava Gente Acreana” – trabalho publicado pelo gabinete do senador Geraldo Mesquita Júnior.