Justiça condena policial flagrado com mais de 50 kg de droga a 11 anos de prisão e perda do cargo

O policial também foi condenado a pagar multa que chega mais de R$ 51,1 mil

O policial Renato Cavalcante de Figueiredo, de 41 anos, da Polícia Civil do Acre e preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no interior de Rondônia com mais de 57 quilos de drogas em janeiro deste ano, teve condenação publicada pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Ji-Paraná, na última terça-feira (13).

Renato Cavalcante de Figueiredo foi preso em companhia do provável comparsa Alexandre Brás Trindade/Reprodução

Assinada pelo juiz Valdecir Ramos de Souza, a condenação foi de 11 anos e 4 meses por tráfico de drogas.

VEJA MAIS: VÍDEO: Policial civil do Acre é preso com mais de 50 kg de pasta base de cocaína em RO

O policial também foi condenado a pagar 1.133 dias-multa, que chegam mais de R$ 51,1 mil. Além disso, a Justiça determinou a perda do cargo público de policial civil.

Renato Cavalcante de Figueiredo foi preso em companhia do provável comparsa Alexandre Brás Trindade, que também foi condenado. Ele deverá cumprir mais de 10 anos de prisão.

SAIBA TAMBÉM: Policial Civil preso com drogas tem prisão revogada e vai aguardar julgamento em casa

Renato Figueiredo era lotado na Delegacia de Polícia Civil da 1ª Regional em Rio Branco (AC) desde julho de 2022. Ele respondia a um processo administrativo pela corregedoria da Polícia Civil estadual. A portaria foi assinada pelo delegado-geral de Polícia Civil, José Henrique Maciel. O documento informou que a Lei Orgânica da Polícia Civil e o Estatuto dos Policiais Civil do Acre estabelece que o crime de “traficar substância que determine dependência física ou psíquica” configura transgressão disciplinar de quarto grupo, podendo o servidor público, inclusive, receber pena de demissão.

A droga foi encontrada dentro do carro em que o policial estava. Foto: PRF

O policial afirmou na abordagem que o prenderam que a droga foi apanhada em Rio Branco e seria entregue em Curitiba (PR) e que fazia o transporte para pagar uma dívida que tem com uma facção criminosa. O passageiro Alexandre Brás afirmou que não sabia que o carro tinha drogas e que apenas estava de carona até a cidade de Contagem, em Minas Gerais.

A decisão do juri ainda cabe recurso e os dois ainda podem responder o processo em liberdade. Entretanto, caso seja mantida a pena e o processo transite em julgado, serão obrigados a cumprir em regime fechado.

PUBLICIDADE