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Mesmo com seca, Acre registra aumento de mortes por afogamento; média chega a 50 por ano

Por Maria Fernanda Arival, ContilNet

Uma das grandes marcas da seca severa, são as formações de ‘prainhas’ no Rio Acre. Com o calor intenso, a procura por essas praias aumentam e consequentemente, os afogamentos.

Neste período do ano, entre os meses de agosto a novembro, o Rio Acre tem tendência a reduzir os níveis das águas, chegando a menos de 1,40 metros e os acreanos aproveitam o período das altas temperaturas para tomar banho no rio. Nesta segunda-feira (9), os dados da Defesa Civil apontam que o nível do Rio Acre está 01,50 metros.

Foto: Juan Diaz/ContilNet

Por não ser um local 100% apropriado para banho, acontecem acidentes, que podem resultar em mortes. Segundo os dados da Defesa Civil de Rio Branco, a média anual são de 50 mortes por afogamentos e aproximadamente 600 afogamentos no Estado todo.

No início do mês de outubro, foi registrado uma morte por afogamento em uma cachoeira no Rio Acre, próximo do município de Porto Acre. O corpo do jovem Cauã Ricardo Nascimento Silva, de 19 anos, foi encontrado pelos bombeiros na tarde de 02 de outubro, na Cachoeira do Abraão.

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Foto ContilNet

Cauã, que havia decidido passar um dia de lazer na companhia de familiares e amigos, morreu na manhã de domingo, 01 de outubro, quando, ao tentar dar um mergulho nas águas do balneário, não emergiu mais.

Na última sexta-feira (6), o prefeito do município, Bené Damasceno (PP) disse ao ContilNet, que lamenta a morte do jovem e informou que busca apoio do Corpo de Bombeiros para ajudar na fiscalização do local.

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Cachoeira do Abraão. Foto: Jardy Lopes

“Nenhum ser humano gostaria de ver alguém se divertindo e vir a falecer. Infelizmente aconteceu. Nós estamos mantendo contato com o Corpo de Bombeiros porque a Prefeitura não tem equipes para dar esse suporte. Mantemos contato também com a Polícia Militar para dar esse apoio e orientar as pessoas sobre o risco”, disse.

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