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PMs são denunciados por tortura ao aparecerem em vídeo espancando adolescente

Por Tião Maia, ContilNet

Três policiais militares cujos nomes não foram revelados foram denunciados pelo grupo especial do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) de combate à tortura por espancamento a um adolescente de 17 anos de idade, em junho deste ano, numa área de invasão do bairro Jorge Lavocat, em Rio Branco. A agressão foi filmada por uma testemunha e divulgada em redes sociais, o que ensejou a abertura de procedimentos contra os militares.

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O mesmo adolescente ainda é suspeito de ter roubado o dízimo de uma igreja na capital. Imagem: Reprodução

A denúncia de tortura é assinada pelo promotor Walter Teixeira Júnior. “A tortura está caracterizada pelos espancamentos, tapas no rosto, chutes na costas e até ameaças com revólver dentro da boca”, escreve o promotor.

Dois militares participaram diretamente da sessão de tortura, mas o terceiro, embora não tenha participado, também foi denunciado porque se omitiu. “Quem está em conluio com o crime, mesmo que não tenha participação direta, também participa”, acrescenta o promotor.

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De acordo com a denúncia, os militares abordaram o rapaz inciialmente querendo informações sobre drogas e ponto de vends, as chamadas bocas de fumo. Depois, queriam saber sobre um assalto corrido nas imediações, horas antes. Como o rapaz dizia não ter informações, passou a ser espancado. Um orador do bairro, cujo nome é mantido em sigilo, gravou os fatos e publicou as imagens em redes sociais, o que levou o MP-AC a agir. “A testemunha veio aqui e depôs, em vídeo, com tudo gravado”, disse o promotor.

O caso agora vai para análise da Justiça. No Acre, há pelo menos 80 processos envolvendo tortura sob investigação. Todos os casos foram cometidos por agentes públicos – policiais vivis, militares e penais.

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