Cariani, alvo de operação da Polícia Federal, é mentor do acreano Ramon Dino

Em suas redes sociais, Ramon Dino aparece ao lado de Cariani

O influenciador Renato Cariani, sócio da indústria química Anidrl, alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (12), é um dos mentores do fisiculturista acreano Ramon Dino.

Ramon Dino foi vice-campeão do Mr. Olympia 2023, a maior competição da modalidade na modalidade.

Ramon e Cariani aparecem juntos em uma foto nas redes sociais/ Foto: Reprodução Redes Sociais

Renato Cariani conheceu Dino em 2020, por meio do, também influenciaor, Toguro, e desde então iniciou um projeto para ajudar o atleta na sua evolução como fisiculturista.

Após três anos de parceria com Cariani, Ramon alcançou o segundo lugar no campeonato, perdendo para o canadense Chris Bumstead, o CBum, que é tetracampeão da categoria.

Em suas redes sociais, Ramon Dino aparece ao lado de Cariani, o chamando de pai e parabenizando-o por seu aniversário de forma carinhosa.

O investigado é formado em química, administração de empresas e educação física. Além disso, é sócio da Supley, maior fabricante de suplementos da América Latina, faturando R$ 830 milhões no ano passado.

Entenda a operação da qual Cariani é alvo 

A Polícia Federal de São Paulo (PF) realizou uma operação nesta terça-feira, 12, para desmantelar um esquema de desvio de produtos químicos utilizados na produção de cocaína e crack. O influenciador fitness Renato Cariani, de 47 anos, é suspeito de envolvimento no caso. O nome do influenciador foi citado na investigação da corporação. Durante a ação, foram encontradas grandes quantidades de substâncias como fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila, o suficiente para produzir mais de 19 toneladas de entorpecentes prontos para consumo.

Cariani é professor de química e educação física, atleta profissional, empresário, youtuber e influenciador digital, com mais de 7 milhões de seguidores nas redes sociais. Além disso, ele é sócio da empresa Anidrol Química, localizada em Diadema, na Grande São Paulo. A operação mobilizou mais de 70 agentes, que cumpriram 18 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, como São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto, Diadema, Praia Grande, Guarujá, Curitiba e Rubim (MG). Também foram identificados endereços relacionados ao esquema no Paraná. As investigações revelaram que a organização criminosa realizava mais de 60 transações ilícitas.

Além do desvio de produtos químicos, o esquema envolvia a emissão de notas fiscais falsas para a venda desses produtos em São Paulo, utilizando contas de terceiros e depósitos em dinheiro. Os envolvidos também utilizavam empresas de fachada para ocultar a origem ilícita dos valores recebidos. Os suspeitos serão indiciados por tráfico de drogas, associação para fins de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a mais de 35 anos de prisão, porém, a legislação brasileira limita a pena máxima a 30 anos. Até o momento, a assessoria de imprensa de Cariani não conseguiu contato com o influenciador para comentar o caso.

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