Em depoimento, netas de Antônia Lúcia negam abusos e agressões pelo padrasto; confira

As duas crianças foram ouvidas na Delegacia de Policia Civil do DF

O site AC24horas teve acesso aos depoimentos das netas da deputada federal Antônia, colhidos em junho deste ano, pela Polícia Civil do Distrito Federal.

As duas meninas, uma de 3 anos, que inclusive é autista, e outra de 8 anos, foram ouvidas pela delegada Franciane Procópio de Almeida, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.

Gabriela Câmara e Antônia Lúcia/Foto: Montagem

No depoimento da filha mais nova, por conta do Transtorno de Espectro Autista, a delegada informou que a criança não demonstrou compreender as instruções necessárias e esteve muito desconcentrada ao longo da oitiva. Entretanto, a criança não mencionou ter sofrido nenhum tipo de violência.

A delegada do caso disse que em virtude do TEA, não possível esclarecer se a criança foi ou não vítima de alguma forma de violência, e que outros meios de provas precisam ser considerados para  a definição do caso.

Já a filha mais velha de Gabriela, demonstrou saber diferenciar situações, acontecimentos e soube apresentar narrativas satisfatórias, bastante elaboradas e contextualizadas e teria apresentado desenvolvimento verbal dentro do esperado para sua faixa etária, conforme diz o documento.

A menina relatou já ter presenciado brigas entre o padrasto e mãe, mas que nunca viu uma agressão física de Cristian contra Gabriela.

Sobre a mancha roxa na perna da irmã mais nova, divulgada por Antônia Lúcia nas redes sociais, a menina disse que não se trata de uma agressão feita pelo padrasto: “A vovó fica inventando isso pra gente não querer mais ir morar no Acre”.

Em relação à viagem para Brasília, a criança relatou: “Eu fiquei implorando pra mamãe e ela também ficou…(referindo-se à avó materna). Aí a mamãe deixou. Daí a gente viajou…Aí a vovó descobriu (apontou para a coxa) e não levou mais a gente…” (referindo-se ao roxo da perna da irmã) “É, mais eu tentei explicar pra ela…Mas ela disse que fez teste de DNA e que tinha aparecido que foi o Cristian que bateu nela…Mas é mentira”.

Também nas investigações, o professor de natação da criança foi ouvido. José Makive Tavares declarou que o roxo na perna da menina teria sido ocasionado durante uma aula de natação na piscina do condomínio onde as crianças moravam em Rio Branco, a irmã menor escorregou e bateu na borda da piscina, provocando um machucado.

Antônia Lúcia divulgou a foto da criança com os hematomas/Foto redes sociais

Com base nos depoimentos das crianças, babás e de Cristian e Gabriela Câmara, a delegada Carla Fabíola Coutinho Costa, decidiu, no último mês de setembro,  pelo arquivamento do caso.

“No caso em questão, foi comprovado através de depoimentos de testemunhas que o hematoma da criança foi em decorrência de uma queda na piscina, não tendo relação com maus-tratos. Com relação às mordidas nas nádegas por algumas testemunhas e inclusive pela irmã mais velha, apesar de ser uma brincadeira de extremo mau gosto e fora do contexto, não vislumbro maus-tratos nem algo de cunho sexual, pois a própria criança mais velha e testemunhas disseram se tratar de algo jocoso. Diante dos fatos apurados, tanto pelas declarações de Maria  Antônia, como depoimento de testemunhas, não foi  identificado possível prática de crime em face das vítimas”, conclui a delegada Carla Fabíola Costa, pedindo o arquivamento da denúncia.

Um outro caso

A Polícia Civil segue ainda com as investigações sobre um suposto abuso cometido por Cristian contra uma vizinha das filhas de Gabriela. Em relação à esse caso, o filho do deputado Manoel Moraes disse que se trata ‘de mais uma armação da deputada’. O processo corre em segredo de Justiça.

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