Foi só o senador Alan Rick convidar a atual prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem, para se filiar ao União Brasil, que o governador Gladson Cameli entrou no jogo e deixou claro que quer ter a prefeita na sua base governista. Poucos dias após a investida de Alan, o governador se reuniu no seu gabinete com Fernanda e com o deputado estadual Tadeu Hassem, irmão dela. Fontes dizem que Gladson quer Fernanda no Progressistas para disputar um cargo federal em 2026.
Fernanda Hassem em reunião com o governador Gladson Cameli/Reprodução
Conhece!
Gladson sabe que perder Fernanda Hassem é uma baixa e tanto. A prefeita é uma das favoritas para uma cadeira na bancada federal em 2026. Além disso, nas próximas eleições estaduais, Gladson deve disputar uma vaga no Senado e Mailza vai concorrer ao cargo de governadora. Ter Fernanda apoiando Alan Rick, que provavelmente vai enfrentar Mailza, é um pesadelo para o governador.
RELEMBRE: Fernanda Hassem recebe Alan Rick e Coronel Ulysses na posse da nova secretária de Saúde de Brasiléia
Reforçou a aliança
Tadeu deixou claro que nem ele, nem a irmã devem deixar a base de Gladson e reforçou a aliança.
“Estamos reforçando nossa aliança, fidelidade e demonstrando nosso respeito, para aquele que vem realizando tantas ações em prol do nosso estado. Confiamos no direcionamento que vem sendo dado ao nosso Acre e temos a certeza de que iremos alcançar muitas conquistas”, escreveu o parlamentar.
Fernanda e o irmão, Tadeu Hassem, em reunião com Gladson e o vice-presidente do Progressistas, Lívio Veras/Reprodução
Sou leal
A prefeita foi além e garantiu que é leal ao governador, colocando por água abaixo uma possível aliança com Alan Rick.
“O governador tem a minha lealdade e eu sempre pude contar com a lealdade dele”, escreveu.
De olho na sucessão
Além de vislumbrar as eleições de 2026, Gladson também quer que a sucessão na Prefeitura de Brasiléia seja dada a alguém de sua base. Surge aí a possibilidade de filiação da chefe de Gabinete de Fernanda Hassem, Suly Guimarães, nome escolhido pelo grupo da prefeita para disputar o cargo neste ano.
CONFIRA TAMBÉM: Fernanda Hassem é disputada por Alan Rick e Petecão para concorrer eleições em 2026
Poder de conciliação
A Prefeitura de Brasiléia é o sonho da deputada Maria Antônia e do seu marido, o ex-prefeito Deda. Vai caber ao governador Gladson Cameli unir os dois grupos em prol do nome do Progressista que tem tudo para ser o de Suly.
Alto Acre no radar
Com as conversas afuniladas entre os Hassem, Cameli crava o domínio em Brasiléia. Porém, o governador tem no radar outros municípios do Alto Acre. Em Epitaciolândia, por exemplo, Gladson será oposição, não irá apoiar a reeleição de Sérgio Lopes e tentará emplacar o nome de Everton Soares, pré-candidato a prefeito. Já em Assis Brasil, o governador conseguiu tirar Jerry Correia do PT e filiá-lo ao Progressistas para disputar a reeleição.
Um candidato do líder
Em Xapuri, ainda no Alto Acre, Gladson vai apoiar o advogado Maxsuel Maia. Ligado ao deputado Manoel Moraes, líder do governo na Aleac, ele vai disputar a Prefeitura do município após 3 mandatos de Bira Vasconcelos, do PT, que ainda não definiu quem será seu sucessor.
Várias bandeiras
Além de ser o nome da Educação no Acre, a deputada Socorro Neri agora já pode ser considerada também a parlamentar da Saúde. Na última semana ela garantiu recursos para a Fundação Hospitalar do Acre. Agora, em reunião no Ministério da Saúde, ela articulou o encontro para debater sobre o Piso da Enfermagem e Transplantes Renais.
Articulador internacional
O deputado estadual e presidente da Aleac, Luiz Gonzaga sabe da importância de construir um elo com os países da tríplice fronteira do Acre. Ele é um dos maiores nomes do fortalecimento da parceria entre a indústria bovina e suína acreana e empresas do Peru. Agora, ele também começa a articular uma troca com a Bolívia. O deputado já vem sendo visto em agendas no país vizinho. Nesta semana, ele foi figura carimbada da inauguração da nova instalação da Universidade Privada Domingo Savio, em Cobija. Uma instituição que acolhe milhares de acreanos que entram no país para fazer o curso de Medicina.
