Acre é um dos estados que lideram casos de dengue e já registrou morte pela doença em 2024

Dados fazem parte do monitoramento do Ministério da Saúde

O Acre está entre as três unidades do país com o maior número registrado de casos de dengue, segundo o Ministério da Saúde (MS). As outras duas são o Distrito Federal e o estado de Minas Gerais, revela o site Metrópoles, de Brasília.

De acordo com o portal de notícias do Distrito Federal, as três unidades da Federação são as que apresentam a maior incidência de casos de dengue a cada 100 mil habitantes no Brasil. Os dados estão presentes no site do Ministério da Saúde.

Acre fecha janeiro com mais de 6,2 mil notificações de casos de dengue/ Foto: Reprodução

As informações do governo federal incluem as notificações até a última sexta-feira (2/2). Nas primeiras semanas de 2024, o país registrou 262.247 casos prováveis de dengue e 29 óbitos confirmados pela doença. Entre os mortos, um é do Acre, de um detento, em Cruzeiro do Sul.

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Segundo o Ministério da Saúde, o maior percentual de casos prováveis de dengue é registrado entre pessoas de 30 a 39 anos, mas crianças também vêm sendo atingidas.

Os dados apresentados pelo MS consideram o coeficiente de incidência, que dimensiona o número de ocorrências da doença dividido pela população, multiplicado por 100 mil habitantes. Assim, São Paulo, por exemplo, possui 41.451 casos prováveis de dengue. No entanto, a situação é mais grave no Acre, que registrou 3.808 notificações, mas tem população muito menor, estimada em menos de um milhão de habitantes.

O Distrito Federal lidera o ranking com 32.334 casos prováveis de dengue. O governo da capital decretou situação de emergência na saúde pública devido ao aumento de notificações da doença.

A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte.

Unidades de saúde vem registrando superlotação/Foto: ContilNet

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Com o aumento de casos de dengue no Brasil, o Ministério da Saúde informou que a previsão para distribuição das vacinas contra a dengue deve começar na próxima semana. O imunizante do laboratório japonês Takeda foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e será incorporado ao Programa Nacional de Imunizações.

A princípio, o público-alvo da vacinação será de jovens de 10 a 14 anos de 521 cidades brasileiras. Dessas cidades, 11 são do Acre, incluindo a capital Rio Branco.

Acre será prioridade na vacinação da dengue/Reprodução

O MS informa que, além da vacinação, para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas.

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias.

A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos. No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles. Ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes.

Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos.

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