Antes de ser morto, sobrinho de Marina teria ido à festa e pichado muro com sigla de facção rival, diz O Globo

O tenente-coronel Felipe Russo, comandante do 2º Batalhão da PMAC, disse que Cauã já era acostumado a comprar drogas com traficantes que atuam no bairro

As causas da execução de Cauã Silva do Nascimento, de 19 anos, sobrinho-neto da ministra Marina Silva, que foi atingido com pelo menos cinco tiros dentro de casa, no bairro Taquari, periferia de Rio Branco (AC), segue sendo investigada pela Polícia.

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Em uma matéria publicada no jornal O Globo, o tenente-coronel Felipe Russo, comandante do 2º Batalhão da PMAC, disse que Cauã já era acostumado a comprar drogas com traficantes que atuam no bairro, conhecido pela disputa de território de tráfico no Acre.

Cauã foi morto dentro de casa no bairro Taquari/Reprodução

O jornal disse que antes de ser assassinado, segundo informações repassadas pelo tenente-coronel, Cauã participou de uma festa de uma facção rival à que atua no bairro. Ao retornar para casa, o jovem foi visto pichando um muro perto de casa, com as siglas do grupo rival.

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Mesmo com todas essas evidências, coronel Paulo Cézar Gomes da Silva, que comanda o gabinete de Segurança do governo, disse ao Globo que é “difícil dizer” quais seriam as motivações exatas para a execução de Cauã.

Já a declaração de Russo vai de frente com o que o delegado-geral de Polícia Civil disse ao ContilNet nesta semana. De acordo com ele, desde que tomou conhecimento do homicídio, uma equipe já ‘caiu’ em campo. “Hoje nós pedimos ao nosso delegado da DHPP, como também ao nosso diretor de operações e também a inteligência da Polícia Civil que desse prioridade. É uma situação, um crime que, segundo as informações preliminares, não tem muita conexão com essa guerra que a gente vive no Brasil, e no Acre não é diferente, dessas organizações criminosas, mas eu posso dizer que a equipe toda da Polícia Civil, os melhores policiais que estão na DHPP com apoio da inteligência e da DPCE, nós temos trabalhando e esperamos, em um curto espaço de tempo, a gente apresentar o resultado dessa investigação e, claro, prender as pessoas que cometeram esse crime hediondo”, disse.

Segundo o delegado, desde o conhecimento do homicídio, há uma equipe trabalhando e já deve ter alguns indícios e linha de investigação. “Seria prematuro a gente informar, até porque prejudica as investigações. Nós vamos dar um prazo de 48 horas para a gente realmente ter uma base mais concreta, indícios mais fortes ou até mesmo a conclusão desse crime”, afirmou.

Entenda o crime

O homicídio ocorreu por volta das 14h20 desta terça-feira (6), na Rua Baguari, no bairro Taquari, segundo distrito de Rio Branco. Segundo informações obtidas no local, dois homens em uma motocicleta pararam em frente à uma residência e um deles – em posse de arma de fogo – adentrou a casa, foi até o quarto onde encontrava-se um rapaz identificado como Cauã Silva do Nascimento, de 19 anos, e efetuou vários disparos contra ele. Logo em seguida, a dupla criminosa fugiu tomando rumo ignorado.

De acordo com o apurado pela reportagem, Cauã é “sobrinho neto” da ministra acreana Marina Silva.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado pelo 192, porém, quando os socorristas chegaram ao local, a vítima já estava sem sinais vitais. Os ferimentos atingiram o tórax, braço e perna. Pelo menos cinco tiros atingiram Cauã.

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