Bocalom diz que tem Bittar como padrinho, mas decisões sobre a reeleição passam antes por ele

Veja detalhes na coluna Pimenta no Reino, do jornalista Matheus Mello

O senador Marcio Bittar, conhecido por ser um ‘encantador de serpentes’ nato, é o principal articulador político da campanha de reeleição do prefeito Tião Bocalom. Bittar, por exemplo, foi a ponte que fez com que o prefeito se filiasse ao PL. O senador usou da relação próxima com Bolsonaro e conseguiu fazer com que o ex-presidente viesse presencial oficializar a filiação do Velho Boca, coisa que raramente acontece. Nas últimas semanas, Bittar agiu pelos bastidores e conseguiu articular também a união com o Progressistas, fazendo com que o partido desistisse de uma candidatura própria e indicasse Alysson Bestene como vice-candidato na chapa de Bocalom.

Com Bittar sendo figura carimbada nas decisões mais importantes da reeleição de Bocalom, o prefeito chegou a chamá-lo de ‘padrinho’ e o partido dele, o União Brasil, começou a ser protagonista no alto escalão da Prefeitura de Rio Branco. Tudo isso sob o esforço do senador mais bolsonarista do Acre.

Foto: Ascom/Prefeitura de Rio Branco

Bittar foi relator do orçamento brasileiro no governo Bolsonaro. Além de um político experiente, também é um exímio gestor. O que certamente lhe credenciou para ser o porta-voz do prefeito nas eleições deste ano.

Agora, com o senador ganhando cada vez mais espaço nessas decisões, muitos começaram a se questionar se Bocalom teria ‘perdido a mão’ da própria campanha. Em conversa com jornalistas, o prefeito negou e disse que confia no trabalho de Bittar e que tudo que é decidido pelo senador, antes, precisa passar por ele.

“Eu sou o prefeito. Eu sou o candidato. Qualquer coisa que eles negociem, é com a minha anuência. Nunca vou aceitar coisa de boca abaixo. Tudo que foi feito até agora foi conversado comigo”, disse.

Não pediu nada

Bocalom disse ainda que o senador Marcio Bittar não exigiu nada para firmar apoio a sua reeleição e nem para oficializar a aliança com o Progressistas.

Muito se ouviu nas últimas semanas que o União Brasil, partido de Bittar e Rueda, teria exigido mais de uma secretaria do Governo para ceder a indicação a vice na chapa de Bocalom.

Sobre isso, o prefeito disse que é um homem de palavra e que desde o início teria prometido que o vice-prefeito sairia do União Brasil.

“Existe uma negociação do União Brasil e o PP. Desde o começo eu deixei claro que o vice seria do UB. Quem é dono da vaga são eles. Se o UB resolveu ceder, é uma conversa entre eles”, disse Bocalom.

Todos os caminhos levam a Bocalom

Diferente do que se esperava anteriormente, o União Brasil não estará dividido na disputa pela Prefeitura de Rio Branco neste ano. Além de Bittar e Rueda, o deputado federal Ulysses também anunciou que estará no palanque do prefeito Tião Bocalom. É esperado também que o senador Alan Rick e o deputado federal Eduardo Velloso também sigam o mesmo caminho.

Família Tchê

O ex-deputado Luís Tchê vai tentar eleger o filho Felipe Tchê, que está na concorrida lista de candidatos a vereador do Progressistas. É sem sombra de dúvidas uma das maiores apostas do PP, que espera eleger parlamentares. O partido tem dois vereadores que vão disputar a reeleição.

Ninho dos tucanos

O PSDB ainda sonha em conseguir emplacar uma candidatura a Prefeitura de Rio Branco com o apoio do governador Gladson Cameli. O partido, inclusive, disse que aliança entre PL e Progressistas ainda não está firmada. Minoru Kinpara e Vanda Milani estão na fila esperando o veredicto.

Voos mais altos em 2026

O partido dos tucanos não pensa só nas eleições deste ano. O PSDB, que perdeu muitos mandatos nas últimas eleições, quer uma virada de chave também para 2026. O presidente nacional do partido convidou o deputado estadual Pedro Longo, atualmente no PDT, para se filiar ao ninho dos tucanos e disputar um cargo de deputado federal pelo PSDB.

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