Nível do Rio Acre na capital é o mais baixo dos últimos três anos no mês de junho: “Alerta máximo”

Os números corroboram com a previsão de seca extrema prevista para este ano

O Governo do Acre informou neste sábado (22), que o nível do Rio Acre na capital já é o mais baixo dos últimos três anos para este período de junho. Os números corroboram com a previsão de seca extrema prevista para este ano.

O Rio está com o menor nível para junho desde a década de 70/ Foto: Juan Diaz, ContilNet

De acordo com a Defesa Civil, no período avaliado de 16 de junho a 22 de junho, é possível ver que o nível das águas segue baixando.

Neste mesmo período, por exemplo, em junho de 2022, o rio marcava 3,66 metros. No ano seguinte, em 2023, 3,06 metros e agora, em 2023, as águas marcam 1,90 metros, ou seja, bem abaixo da média para o mês.

Monitoramento feito pela Defesa Civil do Acre/Foto: Reprodução

Decreto antecipado

Em entrevista ao ContilNet, o diretor de Administração de Desastres da Defesa Civil, o tenente-coronel Cláudio Falcão, informou que até o final do mês de junho a Prefeitura de Rio Branco deve decretar estado de emergência por conta da seca do Rio Acre.

VEJA MAIS: Seca extrema: nível do Rio Acre tem queda de três centímetros e marca 1,85m neste sábado

“O decreto de emergência deve sair agora no final de junho, porque nós já estamos com muitas consequências, então na semana que vem, com certeza, a gente vai providenciar esse decreto”, explicou.

Questionado sobre a previsão para os próximos dias com relação ao Rio Acre, Falcão afirmou que o nível das águas deve continuar baixando e que a atual marca já é preocupante.

“O rio vai continuar baixando, já estamos em decréscimo total. Já estamos com uma marca bem preocupante para esse período e a tendência é que ele, ao longo dos meses, fique mais baixo ainda”, explicou.

Com o rio abaixo dos 2 metros, o manancial fica intrafegável, com pouca possibilidade de navegação. Falcão disse ainda que com isso as ondas de calor mais altas aumentam, bem como as queimadas, trazendo prejuízos à saúde. “Vamos ter problemas de saúde, vamos mexer na economia rural, pois vai prejudicar as produções, além de uma série de situações, como também o desabastecimento de água em Rio Branco. A previsão é que vamos passar por uma situação complicada nos próximos meses”, disse o gestor.

PUBLICIDADE