A situação no Calçadão do Novo Mercado Velho, no Centro de Rio Branco, tem se agravado e os comerciantes e população que frequentam o local, tem demonstrado preocupação. Na edição do Diário Oficial do Estado do último dia 30, o governador Gladson Cameli decretou situação de emergência em dois municípios do Acre – na capital Rio Branco e em Feijó -, em razão de erosão fluvial constatada nos últimos meses.
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Em Rio Branco, o decreto considerou diversos casos de erosão nas margens do leito do Rio Acre, além de rompimento de calçadas, movimentação do calçadão e potencial risco aos prédios históricos e construções vizinhas. A Secretaria de Obras Públicas iniciou os trabalhos para reduzir os danos no local.
Erosão no calçadão se intensifica/Foto: Vitória Guimarães/Rede Amazônica
Além disso, um desmoronamento na ETA 2 foi reconhecido como emergente pelo Governo Federal no último mês. Os dois são exemplos de casos que fizeram o governador decretar a situação de emergência no município.
Ao g1 Acre, a comerciante Izyane Arruda falou sobre a insegurança de trabalhar no local com as rachaduras. “A gente, querendo ou não, fica com medo de desabar, e todo mundo que a gente trabalha aqui, até as pessoas que frequentam, ficamos com aquela preocupação”, disse ao site.
Imagens mostram a dimensão do estrago no Calçadão/Foto: ContilNet
Após o fechamento da passarela Joaquim Macedo, no Centro de Rio Branco, a Defesa Civil do Acre interditou parte do calçadão do Mercado Velho em 12 de julho por conta da erosão que ocorreu na região. A localidade já tinha sido interditada por conta das oscilações do Rio Acre.
Em entrevista ao g1 Acre, o doutor em Engenharia de Água e Meio Ambiente, Tarcísio Fernandes, apontou a cheia como uma das causas da erosão e explicou que a perspectiva não é tão boa em relação a esse espaço, se acontecer outra enchente no próximo ano. “A gente não sabe até quando essa estrutura aqui vai suportar tamanho e impacto seguidos”, alertou.
Governo cria “praia” para conter erosão
No último mês, uma erosão voltou a causar rachaduras no Calçadão do Mercado Velho. Com os novos surgimentos, o Governo atrelou o problema a um movimento natural do Rio Acre. A causa provável seria a última cheia histórica do rio, ocorrida em maio deste ano.
A Secretaria de Estado de Obras Públicas agiu rápido e montou uma espécie de “praia” às margens do Rio Acre para conter a erosão e reforçar a estrutura do Calçadão.
Obras estão sendo realizadas no Calçadão/Foto: ContilNet
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“A gente está recuperando. É o movimento natural do rio. Não gera riscos para as pessoas. A Seop está responsável por fazer esses trabalhos paliativos de acompanhamento. Nós concluímos os serviços do outro lado do rio e agora falta a margem”, disse o secretário Ítalo Lopes ao ContilNet no mês passado.
