‘Só queremos oferecer o melhor aos nossos filhos’, diz venezuelana que se refugiou no Acre

Natalia é uma das migrantes acolhidas na nova casa de passagem inaugurada nesta quinta (8)

A Prefeitura de Rio Branco inaugurou nesta quinta-feira (8), a nova casa de passagem para acolher migrantes que chegam à capital vindo de diversos países.

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Uma dessas migrantes é a venezuelana Natalia Contreras. Vinda do Peru, sozinha, com os três filhos, ela escolheu a capital para um recomeço. Formada em Turismo, ela precisou deixar o país de origem em razão das questões sociais, econômicas e políticas da Venezuela. Ela chegou ao Acre sozinha com os três filhos há dois meses e se mudou nesta quinta-feira para a nova casa de passagem.

Ela deixou a Venezuela em 2018 com os três filhos/Foto: Matheus Mello/ContilNet

“Como todo migrante, de qualquer país, a única coisa que queremos é melhorar nossa qualidade de vida, nossa vida familiar, econômica e oferecer algo melhor para os nossos filhos, que lamentavelmente por conta do nosso país, não podemos dar”, disse.

A decisão de Natália de deixar o país de origem se deu justamente na necessidade de buscar uma melhor educação e um futuro melhor para os três filhos. Ao ContilNet, ela declarou que durante a migração, as crianças acabam perdendo algo crucial para a formação social: a infância. “Hoje começa um nova vida, um novo lar”.

Após anos migrando de país em país na América Latina, Natalia declarou que o Brasil foi a única nação que realmente acolheu ela e os filhos.

“Queria agradecer ao governo brasileiro. Nós chegamos aqui sem nada e fomos acolhidos. Não nos falta alimento, um lugar onde dormir. Nenhum país, desde que sai da Venezuela, tem dado esse apoio que recebemos aqui no Brasil”, finalizou.

Casa de Passagem

A Casa de Passagem oferece alimentação, orientação para regularização de documentos, materiais de higiene e limpeza, roupas, apoio psicológico e acompanhamento socioassistencial. Além disso, os migrantes têm acesso a atividades de adaptação e convivência, como palestras, cursos, lazer e comemorações.

Em razão da localização do estado do Acre, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia, a capital virou uma referência desse público, se transformando em corredor migratório.

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