O Correio obteve acesso ao depoimento completo de um dos policiais militares que atuou na prisão do delegado da Polícia Civil (PCDF) Mikhail Rocha e Menezes, 46 anos, preso após atirar em três mulheres na manhã desta quinta-feira (16/1). O militar afirmou que o delegado apresentou forte resistência no momento da prisão e tentou mordê-lo.
“Eu falei ‘desce no chão!’ Só que ele não foi totalmente para o chão, ele ficou sentado. Nesse momento, um policial chegou por trás e algemou uma das mãos dele, e outro policial pegou a arma que estava na cintura. Ele não queria dar a outra mão para ser algemado, impôs uma resistência muito forte e falava que queria o filho”, disse o militar em um trecho do depoimento.

Em seu depoimento, o sargento disse que delegado tentou mordê-lo na mão/Foto: Material cedido ao Correio
O militar contou que, diante da resistência, foram necessários quatro policiais para segurar Mikhail, que continuava resistindo. “Depois de uns quatro minutos, a gente conseguiu algemá-lo e colocá-lo no cubículo da viatura. Ele estava muito nervoso, transtornado, não sei se estava sob efeito de drogas ou álcool”, continuou.
Já no fim do depoimento, o militar contou que percebeu que Mikhail tentava mordê-lo. “Ele tentou morder minha mão, mas não conseguiu, mas eu vi o dente dele tentando morder minha mão, mas não teve lesão, não teve nada”, disse.
O delegado da Corregedoria que entrevistava o sargento questionou o militar sobre a que tipo de resistência ele se referia. “A resistência que o senhor se refere é resistência passiva, para que não seja algemado?”, o militar respondeu dizendo que sim.