A Federação de Futebol do Acre está entre as 19 entidades estaduais que decidiram romper com o presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues. O grupo assinou um manifesto em defesa de mudanças na entidade e sinalizou apoio à possível candidatura de Samir Xaud, dirigente da Federação Roraimense de Futebol (FRF), para assumir o comando da CBF. A informação foi divulgada em uma matéria especial do Estadão.
O movimento ganhou força na noite desta quinta-feira (15), quando as federações publicaram o documento alegando preocupação com a centralização de poder e defendendo a “renovação de ideias e de práticas na gestão do futebol brasileiro”.

Ednaldo Rodrigues / Hugo Barreto/Metrópoles
Com 40 anos, Samir Xaud foi eleito para presidir a FRF a partir de 2027, substituindo o pai, Zeca Xaud, que está há quase quatro décadas à frente da entidade. Médico com especialização em infectologia e medicina do esporte, Samir também atua como empresário no ramo de treinamentos esportivos.
Caso vença a eleição para a presidência da CBF, Samir não assumirá o comando da Federação de Roraima. O pleito nacional será para o quadriênio 2025–2029, e ainda não tem data definida. O vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, atual interventor nomeado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), tem até 30 dias para convocar oficialmente a eleição.

A Federação de Futebol do Acre está entre as 19 entidades estaduais que decidiram romper com o presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues / Reprodução
Apesar do entusiasmo das federações estaduais, o nome de Samir enfrenta resistência por parte de alguns clubes, que apontam a pouca representatividade de Roraima no cenário esportivo nacional. A FRF possui apenas 10 clubes filiados, e apenas o GAS está em competição nacional neste ano, disputando a Série D do Campeonato Brasileiro.

Samir Xaud, presidente da Federação de Futebol de Roraima / Reprodução
Por outro lado, as entidades estaduais consideram o perfil jovem e técnico de Samir como um diferencial importante em meio a uma crise institucional que exige mudanças estruturais. “O momento pede renovação e profissionalismo. É hora de abrir espaço para novas lideranças”, afirma um trecho do manifesto.
Outros nomes, como Reinaldo Carneiro Bastos, da Federação Paulista de Futebol, seguem sendo cogitados, especialmente por clubes ligados à Liga Forte União. Já o próprio Ednaldo, agora enfraquecido, tenta reverter o afastamento judicial, mas perdeu o apoio de boa parte das federações — incluindo a do Acre.