A população de Jordão tem enfrentado dificuldades severas para acessar atendimentos médicos na Unidade Básica de Saúde (UBS) Antônio Rodrigues Dourado. Moradores relatam que chegam à unidade ainda de madrugada, por volta das 4h, mas acabam voltando para casa sem consulta, mesmo após horas de espera.
O principal motivo da indignação é a limitação imposta pela direção da UBS, que disponibiliza apenas sete fichas diárias por médico para atendimentos espontâneos. Os demais pacientes precisam agendar consulta — o que representa um desafio ainda maior para quem vem da zona rural e não tem condições de se deslocar com frequência.
Roziana Farias, moradora da cidade, denunciou o caso ao Portal Estado do Acre Notícias e relatou o drama vivido por diversas famílias. “Estou expondo minha indignação não só por mim, mas pela população de Jordão. Tem gente que chega da zona rural e vai até três vezes para conseguir atendimento, e ainda precisa fazer escândalo para ser atendido. Isso é descaso com o cidadão”, desabafa.
Ela contou que chegou a agendar uma consulta para o dia 22 de maio, mas ao retornar na data marcada, foi informada que o médico agendado não atenderia. “Os pacientes simplesmente voltaram para casa sem atendimento. Vi um pai com o filho chorando de dor desde as 4h da manhã, e ele teve que ir embora sem ser atendido”, lamentou.
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A situação tem gerado revolta, especialmente porque, conforme a legislação vigente, os médicos da rede pública devem cumprir carga horária de oito horas diárias nos postos de saúde.
Moradores agora cobram providências urgentes das autoridades municipais e estaduais para garantir o pleno funcionamento da unidade de saúde e o respeito aos direitos básicos da população.
